segunda-feira, 23 de julho de 2012

TRABALHADORES DA JBS/FRANGOSUL DE PASSO FUNDO INDIGNADOS!

Se proposta da empresa não avançar podem haver protestos!

Há 15 meses sem reajuste salarial, os trabalhadores da JBS não tiveram uma proposta de aumento que fosse válida para a categoria, que tem salários defasados em 14% se comparados com os rendimentos pagos por outras empresas da mesma categoria. Enquanto que o piso no município chega a R$ 830,00, a JBS hoje ainda para o valor operado pela Doux Frangosul, que é de R$ 720,00, o que representa R$ 110,00 mensais a menos aos funcionários. Se não houver uma proposta com aumento real até a próxima semana, o sindicato pretende paralisar as atividades.
foto arquivo
Em reunião na tarde do dia 19 de julho, na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria em Alimentação, representantes da JBS apresentaram ao presidente do sindicato de Alimentação de Passo Fundo, Miguel dos Santos a proposta com valor de reajuste de 5%.
Data base

Segundo Santos, a data base é maio e até o momento a empresa não apresentou uma proposta que viesse satisfazer o que os colaboradores esperavam que era o reajuste do salário. “Como a nossa data base é maio, toda a antecipação dada no período até 30 de abril, ficaria por conta dessa negociação coletiva de 2012 a 2013, mas a empresa não fez isso e entrou a data base”, pontua, explicando que a JBS acenou com uma possibilidade de antecipação de 5%. “Isso não serve para nós. Os demais acordos que fechamos é mais do que 5%, temos acordos com 8%, e esse reajuste não chega a 800 o valor do salário. Hoje ainda a JBS continua pagando o piso da Frangosul”, comenta.
Posição do sindicato

De acordo com Santos, a posição do sindicato foi clara à direção da empresa. “Não aceitamos de maneira nenhuma fora da data base oferecer uma antecipação. Eles querem um acordo e acordo não tem com 5% não tem como e jamais faria acordo abaixo do que já fechamos na nível de Estado”, afirma ele, comentando que a produção aumentou, enquanto que o quadro pessoal reduziu na transição entre as empresas e não houve reposição, com o aumento de trabalho, Santos aponta que se espera também o aumento de salários.
O sindicato vai promover uma conversa com os empregados e poderá, a partir da semana que vem, fazer mobilização em Passo Fundo. “Não podemos admitir que a empresa que se instalou e teve todos os benefícios do governo Federal, Estadual e Municipal - porque o esforço foi grande para manter a empresa, mas ela foi beneficiada - e dentro disso teria que estar também a questão dos trabalhadores. Mas pelo que estamos vendo o trabalhador está sendo esquecido”, acredita Santos.
Mobilização

Ainda segundo o presidente do sindicato, a categoria pode se mobilizar. “Deixamos bem claro que a partir da semana que vem, se não apresentar uma proposta que venha satisfazer os trabalhadores, conversando com empregados vamos fazer um movimento”, declara ele, lembrando que é terceira vez que a entidade afirmou que não aceitava a proposta, mas mesmo assim a empresa não fez a revisão dos valores. Era esperado que na reunião desta quinta-feira, fosse apresentada uma proposta. “Pelo que se viu permanece com a mesma proposta. Queremos acordo coletivo e que resolva de uma vez essa questão”, finaliza.
Por: Alessandra Pasinato
Fonte:Diário da Manha PF

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