Liderados pela CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins, e seu Presidente, Artur Bueno de Camargo, trabalhadores da alimentação de todo o Brasil promoveram uma manifestação de protesto, neste dia 22 de setembro, em frente a sede da CNI - Confederação Nacional da Indústria, em Brasília, pela recusa da entidade patronal em negociar com os trabalhadores um acordo nacional que estabeleça regras de direitos e condições de trabalho para a indústria frigorífica nacional.
A pauta de reivindicação da classe trabalhadora já havia sido entregue ao Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade no mês passado, no entanto a Confederação patronal respondeu, na oportunidade, que não negociaria o acordo nacional.
Mas diante do protesto que contou com liderança de todas as Centrais Sindicais, do FST - Fórum Sindical dos Trabalhadores e de várias categorias de trabalhadores do país todo, que fizeram questão de manifestarem-se em solidariedade aos trabalhadores da alimentação do Brasil, a direção da CNI, através de seu Diretor Alexandre Furlan, chamou as lideranças do protesto e concordou em abrir negociação, cuja primeira rodada foi realizada ainda durante a realização do evento, tendo sido agendada uma segunda rodada de negociação para o dia 3 de outubro em Brasília.
reunião com a Direção da CNI |
-Foi uma grande vitória dos trabalhadores essa decisão da CNI, mas esse é apenas o primeiro passo, esperamos que a patronal entenda que queremos uma negociação séria que estabeleça melhores condições de trabalho e saúde e direitos mínimos que venham a nortear as mesas de negociações em todo o Brasil. Não se trata de um acordo para tirar a autonomia de negociação de nenhuma entidade de primeiro e segundo grau, nem dos trabalhadores, nem da patronal, mas de estabelecer um conjunto de regras que venham a nortear essas negociações para que a discriminação com que são tratados os trabalhadores das diferentes regiões brasileiras, muitos deles funcionários de uma mesma empresa, acabe. O que não dá mais para aceitar é que empresas não respeitem os trabalhadores, fechem fábricas, demitam, sem sequer comunicarem as lideranças sindicais para que se busquem alternativas, ou tenham política salarial tão distintas, para trabalhadores de um mesmo ramo! Temos muita esperança que este ato possa ser um marco para o ramo da alimentação com a celebração de um acordo nacional, mas que fique claro, se a classe patronal não atender a reivindicação dos trabalhadores, nosso próximo passo é parar o setor frigorífico de todo o país! afirmou Artur!
Para as lideranças do Rio Grande do Sul, a CNTA provou sua capacidade de unir o ramo da alimentação!
-A CNTA deu uma demonstração de unidade na prática! Essa vitória, ainda que que seja um pequeno e primeiro passo, tem um significado político muito grande, pois mostrou a classe patronal que o ramo da alimentação de todo o Brasil está unido em torno de uma causa comum, qual seja condições mais dignas de salário e de trabalho, e não ficaremos de braços cruzados esperando pela boa vontade dos patrões! declarou Lair de Matos, Presidente do STIA Pelotas!
Por: Luiz Araújo
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