segunda-feira, 2 de junho de 2014

É POSSÍVEL MUDAR A REALIDADE DO AMBIENTE DE TRABALHO?

Produzir a qualquer custo X Saúde do trabalhador!

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse
foto Flavio Portela
foto Flavio Portela
No primeiro seminário de Saúde e Segurança do Trabalho - A NR 36 e os frigoríficos bovinos, realizado no dia 29 de maio, no clube Comercial na cidade de Bagé, em uma promoção conjunta dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Alegrete, Bagé, Pelotas e São Gabriel, com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - CNTA, seminário esse que contou, como palestrantes, com a participação de integrantes do Ministério Público do Trabalho - MPT, do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, da Escola OCRA, assessores jurídicos e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, além da fisioterapeuta da própria confederação, para uma platéia composta por lideranças sindicais, trabalhadores de base e alunos do curso de técnico em segurança do trabalho ministrado pelo SENAC, além de integrantes do judiciário trabalhista local, é certo que o tema proposto visava discutir fiscalização nas indústrias frigoríficas bovinas, nos mesmos moldes que tem sido feita nas indústrias avícolas, visando a aplicabilidade da NR 36.
foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse
Já no dia anterior, em um bate papo informal, que a fisioterapeuta Carine Benedete (CNTA), Rogério Fleischmann, Rúbia Canabarro e Ricardo Garcia (MPT), Mauro Muller (MTE) e lideranças sindicais tiveram com os trabalhadores do ramo da alimentação, ficou claro o quanto o chamado "chão da fábrica" está distante de uma realidade em que os bens produzido, neste caso o alimento industrializado, seja feito sem agredir a saúde e a integridade física e mental dos trabalhadores.
foto Marcos rosse

foto Marcos Rosse
foto Marcos Rosse
Dentro do seminário, a medida que as perguntas eram feitas, ao final de cada tema palestrado, tanto por alunos como pelos trabalhadores, ficava claro que iniciativas tomadas pelas entidades como o MPT, MTE, Sindicatos e CNTA, ao longo dos anos, convergiram pelos mesmos objetivos, ou seja, combater um sistema produtivo que, por descumprir normas, tem provocado o adoecimento, a mutilação e a morte de homens e mulheres que trabalham, sendo que na indústria frigorífica, esses números são alarmante.
foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse
Sem dúvidas que iniciativas como a elaboração da NR 36 e a criação da chamada "força tarefa" trás um novo momento ao mundo do trabalho, uma vez que instâncias técnicas, de fiscalização, legais e de representação, em parceria com o mundo acadêmico (UFRGS) somam esforços para mudar uma realidade que tem causado prejuízos incalculáveis a sociedade.
Por isso o coordenador político da CNTA, Darci Pires da Rocha, afirmou que esse seminário foi de uma importância muito acima das expectativas.
foto Marcos Rosse
-Em primeiro lugar, não poderíamos deixar de parabenizar a oportuna iniciativa das entidades sindicais de trabalhadores de Alegrete, Bagé, Pelotas e São Gabriel, nas pessoas do Marcos Rosse, Cabral, Lair e Gaspar e suas respectivas diretorias pela iniciativa da realização do seminário, com ênfase especial ao STIA Bagé pela organização impecável do evento, além de agradecer imensamente a Escola OCRA, na pessoa do Doutor Ruddy Facci, pela colaboração.
foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse
Sem dúvida que esse seminário excedeu, e muito, nossas expectativas mais otimistas, não tanto pela qualidade dos nossos palestrantes, porque essa nós conhecíamos, mas pela participação ativa dos trabalhadores e da comunidade de Bagé, pois as dúvidas e os questionamentos do público alvo e a interação com os palestrantes é sempre um grande aprendizado, mesmo após tantos anos no movimento sindical.

foto Marcos Rosse
Tenho certeza que todos nós, como o Rogério, o Ricardo e a Rúbia do Ministério Público do Trabalho, o Mauro do Ministério do Trabalho e Emprego, o Paulo Albuquerque, nosso parceiro em um trabalho que uniu esforços do mundo acadêmico com o mundo do trabalho, quando a URFGS e os sindicatos fizeram esse brilhante trabalho de pesquisa que foi fundamental para a elaboração da NR 36, a Carine, o Artur e nossas demais lideranças sindicais, saímos desse seminário com a certeza que esse esforço conjunto não só foi uma decisão acertada, como é importante que ela seja ampliada e, como diria o ex-governador Olívio Dutra, espraiada pelo Brasil e em todos os seguimentos produtivos, pois dessa união, desse trabalho conjunto, cujos resultados positivos começam a aparecer, e os relatos deixaram isso muito claro, é que começamos a vislumbrar a possibilidade de mudarmos efetivamente uma realidade que até hoje parecia imutável, que adoece, mutila e mata, ou que agride de alguma forma aqueles que trabalham. Disse Darci
-E queremos deixar claro que não se trata de "vilanizar" os empresários ou as empresas, mas de afirmar que o lucro gerado as custa da saúde ou da vida dos trabalhadores é inaceitável.
foto Zilmar dos Santos

foto Marcos Rosse
Esse seminário nos encheu de esperanças de que iniciativas como a do companheiro Artur Bueno e Camargo e sua diretoria, do MPT, do MTE, das entidades sindicais, em fim, de todos que agregam essa força tarefa, nos conduzam a um futuro que, ao ser pensado, pelo setor produtivo, uma redução de custos, que ela comece sempre pela redução de custos sociais, porque neste momento, trabalhadores, empresários e a sociedade como um todo terão muito a ganhar. Conclui Darci Rocha.
Por: Luiz Araújo

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