quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

CAMPANHA SALARIAL 2015 É AGORA!

TRABALHADORES DO RAMO DA ALIMENTAÇÃO REALIZAM SEMINÁRIO EM ESTRELA COM O DIEESE E DEFINEM NÚMEROS A SEREM NEGOCIADOS COM A PATRONAL!

Aconteceu neste dia 27 de janeiro, na cidade de Estrela, o seminário estadual para elaboração das estratégias para a campanha salarial unificada da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, entidades sindicais filiadas e parceiras.
Com a presença de representantes de entidades de Alegrete, Bagé, Camaquã, Caxias, Dom Pedrito, Ijuí, Panificação, Passo Fundo, Pelotas, São Gabriel e da Federação dos Trabalhadores do Fumo, além dos coordenadores da sala de apoio da CNTA e dos representantes da entidade anfitriã, o supervisor do escritório regional do DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos no Rio Grande do Sul, Ricardo Franzoi, apresentou pela manhã um estudo contendo levantamento de dados de todo o ramo da alimentação do Rio Grande do Sul e suas perspectivas para 2015.
Segundo os dados apresentados pelo DIEESE, o setor empresarial do ramo da alimentação em geral não teve motivos para queixas em 2014, apresentando crescimento na venda de seus produtos, conseguindo a manutenção de preços mínimos bastante satisfatórios e aumentando o volume de produtos exportados.
Ainda segundo as projeções apresentadas pelo DIEESE para o setor, 2015 não apresenta nenhum dado significativo que indique uma piora para os empresários do ramo da alimentação, ao contrário.
-Em 2014, no início do ano quando da abertura da mesas de negociação, tivemos muitos empresários apresentando um cenário bastante pessimista, afirmando que após a copa, se é que haveria copa, que a economia brasileira teria graves problemas, o que não se confirmou.
Para 2015, os números demonstram a necessidade de moderação tanto nas previsões otimistas quanto nas pessimistas, mas nada que nos leve a acreditar em um cenário tão caótico quanto o que tentam demonstrar para a população. Disse Franzoi!
Para os dirigentes sindicais presentes, a avaliação é que não existem motivos para que os trabalhadores não trabalhem suas campanhas salariais em uma perspectivas de avanços e de conquistas.
Lair de Matos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas da Alimentação de Pelotas falou da sua expectativa para a campanha salarial 2015.
-Saímos desse seminário com a certeza de que 2014 foi um ano bom para as empresas, que tiveram uma lucratividade bastante expressiva no nosso ramo, apesar de todo o terrorismo feito durante a campanha salarial passada, pelas entidades ligadas a patronal. Esse ano volta o discurso da crise através da mídia, mas o importante é que os números de 2014 foram positivos e nós estaremos negociando os últimos 12 meses em que os trabalhadores não tiveram aumento, enquanto as empresas tiveram seus preços reajustados, sendo alguns de maneira bastante significativa, que qualquer trabalhador na boca do caixa de um supermercado pode perfeitamente comprovar. Disse Lair!
Para o coordenador político da sala de apoio, Darci Pires da Rocha, o momento é de buscar a valorização dos trabalhadores com um reajuste que fortaleça o poder aquisitivo dos salários.
-Salário forte garante o aquecimento do mercado interno, isso torna a economia brasileira atrativa a investimentos, inclusive externos, porque garante a força de consumo de um pais continental. O aumento do poder aquisitivo da classe trabalhadora só fortalece a nossa economia. Por isso levaremos a mensagem aos trabalhadores do ramo da alimentação de otimismo em contraponto a esse verdadeiro bombardeio de informações pessimistas que circulam na mídia e nas redes sociais. A hora é de avançar e de conquistar, não trabalhamos com outro cenário que não seja o de valorização da classe trabalhadora para 2015, porque sabemos que a lógica de ceder a chantagem de uma crise fabricada pela mídia, só favorece ao enriquecimento ainda maior de banqueiros e empresários e o empobrecimento da classe trabalhadora. Quando isso acontece, a desigualdade social aumenta pelo aumento da concentração de renda na mão de poucos e se permitirmos isso, aí sim teríamos o pior dos cenários para os trabalhadores e para a economia brasileira. É nossa obrigação, enquanto entidades sindicais representantes da classe trabalhadora, lutar para que trabalhadores e trabalhadoras tenham um aumento no poder aquisitivo de seus salários, até que a justiça social e igualdade de oportunidades sejam uma realidade para a classe trabalhadora e não mais apenas uma meta ser alcançada. Declarou Darci!
Ao final da atividade, o Presidente do STICA- Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Estrela e Região, Pedro Mallmann, fez questão de agradecer a todas as entidades presentes.
-Foi uma satisfação receber os companheiros aqui em Estrela, ao lado da nossa Confederação, nessa importante atividade que é o seminário de preparação da campanha salarial e agora é lutar para que tenhamos êxito nessa empreitada. Declarou Pedro
Por: Luiz Araújo, com fotos de Darci Rocha e Claudio Gonçalves!


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

VIGILÂNCIA PERMANENTE!

Força tarefa fiscaliza aplicação da NR 36 na fábrica da Minuano em Lajeado!

Com o objetivo de garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, a força tarefa composta pelos auditores do MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, do MPT - Ministério Público do Trabalho, pela CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins e por membros da direção do Sindicato dos trabalhadores nas indústrias da alimentação local, estão desde o dia de ontem (20/01/2015) fiscalizando a fábrica da Minuano, localizada no município de Lajeado.
Representando a Confederação, Darci Pires da Rocha, coordenador da sala de apoio que a CNTA mantém no estado, ao lado da fisioterapeuta Carine Benedet, que também trabalha junto a entidade nacional para dar suporte a esse trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2014, na busca de minimizar e resolver os graves problemas ergonômicos e de risco a integridade física, bem como a saúde em geral, de homens e mulheres que trabalham em industrias frigoríficas de frango no estado.
Desde a criação da NR 36, onde a CNTA teve um papel fundamental, a entidade não tem medido esforços para a sua implantação, demonstrando que o presidente da entidade, Artur Bueno de Camargo e sua diretoria trabalham com o firme propósito de ver essa norma regulamentadora, de fato, implementada, e não apenas como uma mera cartilha produzida e esquecida, que pela falta de implementação na prática acaba em desuso.

Cabe ressaltar o brilhante trabalho dos órgãos públicos como o MTE e o MPT, cujas ações demonstram o firme propósito de defesa de um ambiente de trabalho seguro.
Por: Luiz Araújo

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A CHAPA VAI ESQUENTAR PRO LADO DA MARFRIG!

CNTA Afins ameaça greve nacional para reverter demissão de 600 trabalhadores em frigorífico do RS



A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) protocolou na última sexta (16/1) ofícios no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e nos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE); e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em repúdio a ameaça de demissão de cerca de 600 trabalhadores do frigorífico Marfrig, em Alegrete (RS). A entidade, que representa 440 mil trabalhadores do setor no Brasil e cerca de 54 mil só no Estado do Rio Grande do Sul, pede a intervenção do governo para reverter a situação dos trabalhadores da região.

Para o presidente da CNTA Afins, Artur Bueno de Camargo, a justificativa de "falta de matéria-prima e necessidade de alto investimento em melhorias estruturais" por parte da Marfrig deve preocupar não só os trabalhadores, mas também governo e sociedade, já que a indústria (uma das principais do País) conta com incentivos e empréstimos públicos como o do BNDES.

"O dinheiro público foi investido nessa indústria e o mínimo que deveríamos cobrar em troca é a contrapartida social por parte da empresa. Não aceitamos essas demissões e nem como isso foi decidido e anunciado (durante férias coletivas), sem negociar com os trabalhadores e o sindicato local. Se o grupo Marfrig não rever essas demissões, a CNTA Afins não descarta a possibilidade de uma grande mobilização nacional dos trabalhadores ligados às unidades da Margrif, com possíveis paralisações", afirma Bueno.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Alegrete (RS), a medida atingirá até 2,5 mil pessoas.


Assessoria de imprensa:
Clarice Gulyas

MARFRIG EM ALEGRETE É DESTAQUE NA IMPRENSA!

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

FALTA SERIEDADE?

MARFRIG NÃO CUMPRE A PALAVRA DADA, VOLTA ATRÁS E DECIDE FECHAR PLANTA EM ALEGRETE!

Aconteceu hoje, às 10:30 hs, na Secretaria Estadual do Trabalho uma reunião entre o Secretário Miki Breier, juntamente com o chefe de gabinete Juliano Paz, com Luiz Carlos Costa de Araújo, representando a CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, através da sala de apoio que mantém para atender aos trabalhadores do ramo da alimentação.

Na oportunidade Luiz Araújo, em nome do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Alegrete, Marcos Antonio Rosse, levou ao conhecimento do atual governo estadual todo o histórico ocorrido durante as negociações que envolveram os representantes da empresa, trabalhadores e membros do Governo Tarso Genro, quanto os responsáveis pela empresa manifestaram intenção de fecharem a planta frigorífica que arrendam em Alegrete, alegando dificuldades em relação a matéria prima e questões logísticas sanitárias, mas voltaram atrás e deram a palavra de continuidade das atividades, depois de receberem a garantia de que o Governo estadual se empenharia em ajudar a equacionar as dificuldades alegadas pela empresa.
Diante do relato, o Secretário do Trabalho manifestou grande preocupação pelo incalculável prejuízo social que a atitude da empresa Marfrig estará causando ao estado do Rio Grande do Sul, em especial a fronteira oeste, e disse que irá se empenhar para levantar com outras secretarias que negociaram a época( Casa Civil e Agricultura) dados para buscar uma solução.
INACREDITÁVEL!
Para Luiz Araújo, a decisão dos responsáveis pela empresa Marfrig é inacreditável.
-Sob vários aspectos, fica difícil acreditar que tal decisão tenha sido tomada. Primeiro pela quebra da palavra dada menos de 6 meses depois, o que sinaliza não só para os trabalhadores, comunidade alegretense e autoridades gaúchas, que aqueles que tomam decisões não costumam avaliar consequências o que é sempre muito ruim.
Não bastasse a decisão demonstrar pouca ética e pouca confiabilidade no trato com as pessoas envolvidas, essas atitudes intempestivas tomadas para pouco depois voltar-se atrás, sinaliza claramente o despreparo profissional com que uma empresa desse porte vem sendo administrada.
Se isso já seria suficiente para preocupar os acionistas, pois fica claro que o dinheiro investido está sendo gerido de maneira pouco profissional, saber que tal atitude está fechando uma planta com uma capacidade de produção alta, em plenas condições de exportação para todos os mercados consumidores, sendo que para alguns, é uma das poucas plantas autorizadas para tal, fica ainda mais cristalino que o fechamento da planta frigorífica de Alegrete trará prejuízos também aos investidores, além dos incalculáveis prejuízos sociais a metade sul do estado.
Se levarmos em consideração que dentre os maiores acionistas estão o Governo Federal, através do BNDES e, indiretamente, o Governo do Estado, pelo programa de renúncia fiscal conhecido como Agregar Carnes, do qual a planta de Alegrete é beneficiária, sendo que a empresa usufrui com o compromisso de geração de emprego e renda, coisa aliás, que seus administradores convenientemente esquecem de cumprir, embora duvidamos que restituam o erário público o que receberam para tal, o prejuízo é dobrado.
Como se não bastasse tudo isso, o fato de afirmar que ficará com a planta fechada, impedindo que outra empresa possa produzir e manter os postos de trabalho, certamente deve merecer das autoridades não só atitudes firmes pela total falta de responsabilidade social, mas também uma investigação e apuração rigorosa, já que os próprios produtores negam que exista falta de matéria prima, ao contrário; Diversos cenários apontam que o mercado exportador teve um bom ano em 2014 e as perspectivas são ainda melhores para 2015; A mão de obra é altamente qualificada; Por que então fechar uma das melhores plantas exportadoras do país? Pergunta Luiz! É, no mínimo, estranho!
E completa: Chega ser irônico que, enquanto a concorrência investe em marketing afirmando que "Carne confiável tem nome", para os trabalhadores e para a comunidade alegretense, empresa sem um mínimo de credibilidade "Também"!
Marcos Rosse - Presidente 

ATITUDES DA MARFRIG EM ALEGRETE SÃO DESTAQUES NA MÍDIA!

Notícias do blog "Acerto de contas" da jornalista Giane Guerra!

Marfrig desativa frigorífico em Alegrete
14 de janeiro de 20150
A Marfrig vai desativar a fábrica de Alegrete. Funcionários estão em férias coletivas e o encerramento das atividades está marcado para quatro de fevereiro.
O frigorífico emprega mais de 600 pessoas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Alegrete. Algumas devem ser transferidas para outras unidades, como Bagé e São Gabriel. A Marfrig era a empresa que mais gera empregos no município.

O frigorífico já havia suspendido os abates em setembro do ano passado e dispensado os funcionários. No entanto, chegou a retomar negociações com governo e trabalhadores em busca de uma alternativa. Atribui o fechamento à questões de mercado.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

MATÉRIA DO JORNAL DO COMÉRCIO DE HOJE AFIRMA!

 Exportação de carne bovina alcança US$ 7,2 bilhoes em 2014
Crescimento nas vendas externas foi de 7,7% em relação a 2013, e volume exportado registrou um total de 1,56 milhão de toneladas
MARCO QUINTANA/JC
Carne
              in natura foi a categoria mais desejada pelos
              importadores
Carne in natura foi a categoria mais desejada pelos importadores

As exportações brasileiras de carne bovina atingiram a marca de US$ 7,2 bilhões em 2014 – um crescimento de 7,7% em comparação com os US$ 6,6 bilhões do ano anterior – e volume de 1,56 milhão de toneladas (3,3% superior a 2013). O Brasil registrou ainda recordes nos resultados mensais de faturamento em oito dos 12 meses de 2014, se comparados com os mesmos períodos dos anos anteriores, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Os bons resultados foram especialmente impactados por fatores positivos como a manutenção do status sanitário, a perenidade da oferta do produto para atender diferentes mercados, forte e contínua atuação conjunta do setor privado e do governo para reverter embargos, além da parceria com importantes mercados como Hong Kong, Rússia, Venezuela e Egito que continuam liderando as importações de carne bovina brasileira.

No acumulado do ano, Hong Kong lidera novamente como o país que mais importou o produto nacional. Foram exportadas quase 400 mil toneladas de carne brasileira – um aumento de 9% em comparação com o ano anterior – atingindo um faturamento de US$ 1,7 bilhão (crescimento de 17%). A Rússia foi o segundo maior mercado para a carne bovina em 2014, com 314 mil toneladas (3% de aumento) com faturamento de US$ 1,3 bilhão (crescimento de 8%).

A carne in natura fechou o ano como a categoria mais desejada pelos importadores, totalizando faturamento de US$ 5,8 bilhões e volume exportado de 1,24 milhão de toneladas (janeiro a dezembro de 2014). Em segundo lugar, ficaram as carnes industrializadas, com um faturamento de US$ 646 milhões e volume de 102,8 milhões de toneladas.

Se considerado somente o mês de dezembro, o faturamento atingiu US$ 639 milhões em vendas externas – crescimento de 2,69% em relação ao mesmo mês de 2013.  Já em volume, houve uma pequena retração de 0,5% (em relação à dezembro de 2014), com 137 mil toneladas exportadas. Vale destacar, no último mês do ano, o crescimento das exportações para o Egito – 167% em faturamento e 136% em volume.

“Tivemos um ano muito bom com faturamento recorde novamente. Para 2015, acreditamos na continuidade do cenário positivo para a agropecuária brasileira com perspectivas ainda mais otimistas para superar novos recordes de exportações, tanto em faturamento – previsão de atingir US$ 8 bilhões, quanto em volume – expectativa de 1,7 milhão de toneladas”, afirma Antônio Jorge Camardelli, presid
ente da Abiec.

SEM FÉRIAS NA LUTA PELOS TRABALHADORES!

Grupo da CNTA com Marfrig na base se reúne em São Gabriel para tratar da campanha salarial 2015!

Aconteceu neste dia 08 de janeiro de 2015, às nove horas na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de São Gabriel, a reunião entre os Sindicatos da Alimentação de Alegrete e Bagé, além da entidade anfitriã. Na pauta a campanha salarial 2015!

A Reunião que contou com a presença do coordenador político da sala de apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Industrias de Alimentação e Afins, Darci Pires da Rocha, ele que também é Vice presidente do STICAP - Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação e Cooperativas de Pelotas, debateu a pauta a ser envidada aos representantes da empresa em questão, uma vez que a negociação desde ano começará mais cedo, uma vez que pelo acordo feito entre a empresa e as entidades, ano passado, a data base dos trabalhadores do grupo Marfrig passou para fevereiro, o que até ano passado acontecia em junho.
As entidades presentes ressaltaram a disposição de lutar para que os trabalhadores da Marfrig possam seguir avançando em suas conquistas, até porque as notícias dão conta que as perspectivas para o setor bovino em 2015 são boas, com abertura de mercados e aumento da exportação.
Por: Luiz Araújo, com fotos de Marcos Rosse e Darci Rocha

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A ROLETA DA CAMPANHA SALARIAL 2015 JÁ ESTÁ GIRANDO! FAÇAM SUAS APOSTAS!

O Tribunal de Justiça concedeu liminar a ação impetrada pela FEDERASUL, suspendendo o reajuste de 16%, concedido ao piso mínimo regional pelo governo gaúcho depois de aprovado pela Assembleia Legislativa do estado, sob a alegação de inconstitucionalidade.
Sem entrar no mérito jurídico, certamente a ação em nome dos empresários do comércio é de uma incoerência tão absurda que fica difícil entender o desinteresse da imprensa especializada em economia pelo tema.
Se tem dois segmentos favorecidos por um aumento do poder aquisitivo da população, um deles é o comércio, o outro, os serviços. Mas a bem da verdade, diretamente atingido, mesmo, pela existência e valorização de um salário mínimo regional só existe um único segmento, a indústria voltada a exportação. Mas então porque a entidade a mover essa ação não é a FIERGS, representante do segmento industrial, e sim a FEDERASUL, representante dos comerciantes, se o aumento do poder aquisitivo da população resulta em consumo imediato e consequentemente aquecimento das vendas do comércio?
É claro que qualquer empresário, incluindo o comerciante, se vê obrigado a reajustar o salário de seus funcionários, mas por maior que seja o seu empreendimento, ou por mais que o aumento de mil, cinco mil ou dez mil funcionários seja significativo, certamente é altamente compensado pelo consumo dos demais trabalhadores reajustados.(segundo o DIEESE, o Rio Grande do Sul possui mais de 2.400.000 assalariados com carteira assinada. Dados de 2013!),  
É evidente que o fato de um comerciante reajustar o salário de seus funcionários não é garantia que os mesmos, nem os demais assalariados de outros empreendimentos venham a consumir produtos deste comercio específico, isso dependerá bem mais do mérito do empreendimento. Mas seria irônico imaginar que dentre uma das raras exceções onde a meritocracia pode ser empregue com regras claras e definidas, justamente por serem os próprios empresários a estarem sobre o julgo do mérito, esteja sendo desconsiderada por seus maiores defensores.
Não é difícil imaginar que para a indústria de exportação, altamente subsidiada pelo dinheiro público, cuja obtenção direta ou indireta implica em compromisso de geração de emprego e renda, seja muito embaraçoso justificar uma ação judicial contra um reajuste de um piso mínimo regional, afinal tratasse de uma política governamental tanto quanto a renúncia fiscal ou o aporte direto de recursos que lhes foram concedidos.
Mas por mais que conheçamos as boas relações entre empresários, é bem mais complicado entender porque uma entidade como a FEDERASUL, que existe como representante dos interesses dos comerciantes, seja autora de uma ação judicial que em nada os beneficia, ao contrario.
De toda sorte os comerciantes que confiam no seu negócio e não tem medo da concorrência podem ficar tranquilos. Independente da decisão que a justiça venha a tomar, o parâmetro para as negociações de todas as categorias já está dado!
16 é o número! Apostas encerradas!

Por: Luiz Araújo