sexta-feira, 24 de abril de 2015

QUALIFICANDO LIDERANÇAS!

PARCERIA DA CNTA E STICAP REALIZA CURSO DE FORMAÇÃO SINDICAL PARA DIRIGENTES EM PASSO FUNDO!

Aconteceu nos dias 17 e 18 de abril, na cidade de Passo Fundo o curso de formação sindical para os dirigentes daquela entidade, em uma iniciativa realizada pela sala de apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins e do grupo de sindicatos filiados ligados a Confederação aqui no Rio Grande do Sul, tendo a frente os companheiros Lair de Matos e José Mario Schiavon do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Pelotas.
O curso que abordou a história do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Passo Fundo, o papel do dirigente sindical, legislação trabalhista e previdenciária contou com a participação dos diretores do STIAPF, além dos advogados Marcelo Mendes e Tania Mioto, da assessoria jurídica da entidade.
Segundo Lair de Matos, a atividade foi altamente positiva.
-Conforme as entidades decidiram, começamos a formação sindical para os sindicatos filiados a CNTA aqui no estado e eu considero essa etapa aqui em Passo Fundo como muito positiva, não só por ter sido a primeira do calendário, mas pela participação efetiva da diretoria da entidade, juntamente com o companheiro Miguel que é o presidente, de uma forma muito interessada, o que fez com que a atividade tivesse sido muito proveitosa no nosso objetivo que é a qualificação dos dirigentes das nossas entidades. Tanto pra mim quanto para o companheiro Schiavon, a atividade foi muito gratificante. Disse Lair!
A próxima etapa da formação sindical no estado acontecerá na 2ª quinzena de maio, na cidade de Pelotas, com o curso de comunicação e expressão.

Por Luiz Araújo

quinta-feira, 16 de abril de 2015

TRABALHADORES EXIGEM RESPEITO EM FAZENDA VILA NOVA!

Trabalhadores da Lactalis/LBR protestam e rejeitam proposta da empresa!

Aconteceu nesta manhã. Os trabalhadores da Lactali/LBR, empresa sediada no município de Fazenda Vila Nova, base do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Estrela, atrasaram a entrada na parte da manhã como forma de protestar contra a proposta da empresa que incluía, dentre outras coisas, a instalação de banco de horas e que foi rejeitada pelos trabalhadores.
Na reunião, que contou com a presenta dos diretores do STICA, liderados pelo presidente Pedro Mallmann e da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, através de sua sala de apoio aos sindicatos da região sul, representado pelo seu coordenador político Darci Pires da Rocha, as lideranças sindicais ouviram dos trabalhadores que será concedido um prazo para que haja uma proposta passível de ser discutida e aprovada, ou os trabalhadores poderão paralisar as atividades por tempo indefinido.
Por: Luiz Araújo, com fotos de Darci Rocha

quarta-feira, 15 de abril de 2015

SINDICATO DA ALIMENTAÇÃO DE SÃO GABRIEL FECHA ACORDO COLETIVO COM O MARFRIG!

Nos dias 7, 8, 9 e 10 de abril em reuniões de negociações para o acordo coletivo entre os sindicatos da alimentação e a empresa Marfrig, na cidade de Bagé, a empresa a presentou a seguinte proposta: O reajuste geral ficará em 7,5%, retroativo a 1º de fevereiro, data-base da categoria. Isso significa um aumento real de 3,37%, mais a reposição da inflação no período entre junho de 2014 a janeiro de 2015 (oito meses, devido à mudança da data-base, que era 1º de junho), que ficou em 4,13%.
O salário normativo no Marfrig terá um reajuste de 10,94%, passando de R$ 950,00 para R$ 1.054,00. O salário profissional terá o mesmo percentual – passando de R$ 1.000,00 para R$ 1.109,44. Tanto o salário normativo quanto o dos profissionais terá um aumento real de 6,81%. As demais cláusulas foram mantidas.
Os sindicatos de Alegrete, Bagé e São Gabriel apresentaram esta proposta aos trabalhadores da empresa em Assembleias Gerais em seus municípios, onde os trabalhadores aceitaram a proposta.

O Presidente do sindicato de São Gabriel, Gaspar Silveira Neves, afirma que apesar das inúmeras dificuldades nas negociações foi um bom acordo trazendo ganhos reais significativos tanto nos pisos como nos salários em geral.
Por: Gaspar Neves

quarta-feira, 8 de abril de 2015

ERA UMA VEZ A CLT!

TERCEIRIZAÇÃO!  POR QUE POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS TEM MEDO DE DIZER O QUE REALMENTE PRETENDEM?
Chega ser patética a tentativa de subestimar a inteligência das pessoas quando os defensores do projeto de lei 4330 argumentam que apenas tentam regulamentar a atividade terceirizada para "proteger" trabalhadores. O argumento é tão pífio, que sequer merece consideração!
Não é de hoje que os empresários consideram a CLT - Consolidação das Leis do Trabalho obsoleta, um entrave a produção ao conferir direitos em demasia a classe trabalhadora o que só faz aumentar os custos e tirar a competitividade das empresas.
Para falar o português com clareza, os empresários e seus representantes políticos e midiáticos defendem a tese que as relações do trabalho deveriam ser reguladas diretamente entre o patrão e o empregado, sem questões legais envolvidas, ou seja, se o empresário propõe e o empregado aceita, não há o que reclamar, vira lei e pronto.
Na prática isso significa o seguinte: O salário mínimo para se contratar alguém é R$ 780,00 reais. Mas se o empresário quiser contratar alguém pagando R$ 500,00 e esse alguém "aceitar", a justiça não pode se intrometer.
Outro exemplo? Segundo a legislação trabalhista vigente o trabalhador pode trabalhar um máximo de 8 horas diárias e fazer 2 horas extras a mais, ou seja, trabalhar 10 horas. Mas, segundo os defensores da modernidade, se um empresário quiser e o trabalhador "aceitar", então ele pode contratar alguém para trabalhar 12, 14, 16 horas, etc, etc, etc e nem Ministério do trabalho ou justiça do trabalho poderá contestar nada. Isso é o que eles convencionaram chamar livre negociação, ou seja, o empregador diretamente com o empregado sem interferência de nada, nem mesmo da lei.
Mas para que tudo isso vire uma realidade altamente lucrativa para os empresários, primeiro é preciso acabar com a CLT, cujo fim trará como uma bonificação a mais, o fim do movimento sindical dos trabalhadores, pois a esses não caberia nem sequer o papel de negociar acordos e convenções, pois esses instrumentos seriam inócuos.
E o que tudo isso tem a ver com a terceirização? Tudo! Já que os empresários e seus staffs, incluindo-se aí políticos, profissionais de mídia, etc, tem medo de admitir que querem acabar com a CLT e com todos os direitos trabalhistas por causa da reação dos trabalhadores, que dirá colocar em votação o fim da CLT no Congresso nacional. Assim eles precisam criar um mecanismo que transforme a CLT em uma lei morta, ou seja, uma lei que não tem como ser aplicada.
Afinal, não é difícil a ninguém raciocinar o motivo dos empresários insistirem nessa questão da terceirização, basta que para isso usemos a matemática e o salário mínimo nacional como exemplo. Se para o empresário pagar R$ 780,00 reais a um trabalhador é muito caro, basta que ele contrate esse trabalhador através de uma empresa terceirizada por um valor menor, digamos R$ 700,00, pois se fosse pra pagar a mesma coisa ele manteria tudo como está. Mas por ser, também uma empresa, a terceirizadora também terá que ter lucro, por tanto, se ela receber R$ 700,00 do primeiro empresário, ela só repassará ao trabalhador R$ 600,00. Ou seja, só na arrancada do "negócio", quem vai trabalhar já perdeu R$ 180,00.
Pergunte a um defensor da terceirização e ele dirá que essa é uma afirmação mentirosa, que a CLT continuará e que todos os direitos trabalhistas estarão assegurados. Então tá!
Estarão assegurados, é verdade, mas o trabalhador que os exigir não terá emprego, pois será muito oneroso. Simples assim!
E assim, o que vai começar com salários menores, passará por férias parceladas, depois nem isso, porque a terceirizada trabalha por período, sem garantia de tempo de serviço, e assim se vai junto o 13º e todas as obrigações devidas ao empregador.
Isso tudo porque o empresário é um sujeito que vive pra querer o mal dos trabalhadores? Claro que não! O empresário quer lucrar! Se para isso o trabalhador tiver que perder, paciência!
E não se esqueçam que com a terceirização, passamos não a ter um, mas um grupo de empresários com necessidade de lucrar, e esse lucro será custeado pelo salário e pelos direitos trabalhistas, uma vez que irão trabalhar mais tempo, ganhando menos, sem direito a férias, 13º, etc, etc, etc.
O verdadeiro empregador, ou seja, a empresa que contrata trabalho terceirizado, tirará o seu lucro em cima do seu produto, além do que já tirava as custas de seus empregados. A empresa terceirizada, tirará o seu lucro, totalmente, em cima do salário e dos direitos dos trabalhadores, e se houver quarteirização do serviço, o que haverá com toda certeza, daí é melhor liberar a volta do tronco, da chibata e da senzala, porque não falar em trabalho escravo será pura cara de pau.
Ao fim, daqui a algum tempo com a lei que libera a terceirização em todas as atividades de uma empresa, certamente os empresários terão muitas histórias pra contar do tempo em que eram obrigados a respeitar direitos a se comportarem com alguma coisa parecida com seres humanos, e essas histórias começarão assim:

Era uma vez a CLT!
Por: Darci Rocha (*) Vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas industrias da alimentação de Pelotas e coordenador da sala de apoio da CNTA

CAMPANHA SALARIAL 2015! PROPOSTA DA MARFRIG IRRITA OS TRABALHADORES!

TRABALHADORES PARALISAM ATIVIDADE NO FRIGORÍFICO MARFRIG EM BAGÉ PARA DECIDIREM OS PRÓXIMOS PASSOS DA CAMPANHA SALARIAL!
Profundamente lamentável a atitude dos negociadores da empresa Marfrig em relação aos trabalhadores de suas unidades no Rio Grande do Sul.
Depois de quatro reuniões onde a empresa não conseguiu formular uma contra proposta, passível de ser analisada, em relação a pauta de reivindicações apresentada pelos sindicatos profissionais da categoria, na quinta reunião de negociação ocorrida ontem, na cidade de Bagé, entre os negociadores da empresa e os representantes dos sindicatos de trabalhadores nas industrias da alimentação de Alegrete, Pelotas, São Gabriel e da cidade anfitriã, juntamente com o coordenador político da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Industrias de Alimentação e Afins, Darci Pires da Rocha, o número do reajuste proposto pela patronal aos trabalhadores chegou a 5% para reajustes dos salários, o que equivaleria a 0,85% de aumento real para o período, considerando que a data base da categoria é fevereiro.

A contra proposta da empresa foi rejeitada, já que a pauta apresentada pelos trabalhadores reivindicam 16% de reajuste, com a correção de pisos e salários, como forma de manter o poder aquisitivo dos salários da categoria frente ao aumento do salário mínimo regional.
Segundo Darci Rocha, o que foi apresentado pela empresa está muito distante das pretensões da categoria.
-Apesar do apelo de todos os líderes sindicais de que 5% não é um número razoável diante da conjuntura onde, inclusive, a Marfrig aparece recentemente adquirindo patrimônio em todo o estado, ou seja, demonstrando claramente que possui plenas condições de dar uma valorização adequada aos trabalhadores, os negociadores insistiram em uma proposta que contempla, praticamente, só o INPC, e o resultado está aí. Se a Marfrig precisa ver a insatisfação dos trabalhadores ela terá essa oportunidade pois iremos em todas as fábricas, na Hulha Negra, em Alegrete, em São Gabriel para discutirmos diretamente com os trabalhadores.


Vamos esperar que o que a empresa está vendo aqui seja suficiente para que ela se sensibilize, se não for, os trabalhadores certamente decidirão as próximas medidas. Disse Darci
Por: Luiz Araújo

terça-feira, 7 de abril de 2015

SERÁ QUE AGORA SAI PROPOSTA?

EM MAIS UMA TENTATIVA, CNTA E SINDICATOS TENTAM NEGOCIAR COM REPRESENTANTES DA MARFRIG!

Um novo encontro entre sindicatos de trabalhadores nas indústrias da alimentação de Alegrete, Bagé, Pelotas e São Gabriel com representantes do Marfrig Group acontece neste dia 7 de abril em Bagé. A reunião está marcada para as 14h na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do município, na Rua Melaniè Granier, 157. É o quarto encontro entre as partes. A data-base para os trabalhadores do Marfrig é 1º de fevereiro. Além de representantes sindicais, estará presente o coordenador das negociações por parte da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - Sul (CNTA-Sul), Darci Pires da Rocha.
      O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, espera que a empresa apresente uma proposta melhor, tendo em vista que nos encontros anteriores não houve grandes avanços. "A suba do dólar está beneficiando as exportações, o que é muito bom para as unidades do Marfrig em Bagé e Hulha Negra, cuja maioria da produção é destinada ao exterior. Não acreditamos que a situação esteja tão ruim, ainda mais com a notícia da compra de três plantas frigoríficas no Rio Grande do Sul pela empresa, em Alegrete, Capão do Leão e Mato Leitão", reforça Cabral.  A negociação envolveu ainda a compra, pelo Marfrig, de plantas frigoríficas em Pirenópolis (GO) e Tucumã (PA). No total, as cinco unidades representaram um investimento de R$ 418 milhões. 
      "Queremos que as empresas cresçam, mas os trabalhadores merecem ser valorizados. Muitas vezes esse crescimento vem às custas do sacrifício, do enfraquecimento e do adoecimento desses trabalhadores devido à sobrecarga, mas os lucros aparecem só para a empresa", pondera o líder sindical. 

      Os sindicatos também propõem um Salário Normativo de R$ 1.200,00, um Salário Profissional (Magarefe, Desossador e Faqueiros) no valo de R$ 1.280,00 e a manutenção das demais cláusulas. A empresa realizou uma proposta de reposição salarial de 4.13% mais 0,6% de aumento real.
Emanuel Müller
Jornalista 
MTE 9810
Assessor de Comunicação Social do STIA Bagé
(53) - 9972-5797