segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PROJETO TEIAS É DESTAQUE NOS JORNAIS DO INTERIOR DO ESTADO!


As pesquisas de saúde que estão sendo realizadas entre os trabalhadores das indústrias frigoríficas do Rio Grande do Sul, em uma parceria da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação e Afins e a UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no projeto intitulado TEIAS - Tecendo Estratégias Integradas de Ação em Saúde, em quatro cidades (Pelotas, Bagé, São Gabriel e Alegrete), tem repercutido nos jornais do Interior, como o Jornal o Imparcial e Centro de Notícias de São Gabriel, nas edições dos dias 24 e 25 de novembro e no Jornal Minuano de Bagé dos dias 16/11 e 03/12, cujas matérias reproduzimos abaixo:


Último dia para participar da pesquisa Teias
O trabalho dos pesquisadores Paulo Albuquerque, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Francesco Settineri (Instituto Itapuy)...


para a obtenção de dados do projeto Teias (Traçando Estratégias Integradas de Ações em Saúde) em Bagé segue até hoje. O lançamento, ocorrido na última quarta-feira, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé (Stia) reuniu funcionários de frigoríficos e especialistas em Saúde e Direito Previdenciário, além de lideranças sindicais.
Na oportunidade os responsáveis pela aplicação dos questionários explicaram a metodologia e a importância da pesquisa, além dos motivos de levar ao conhecimento dos trabalhadores a reflexão sobre o número de afastamentos do ambiente laboral. A intenção é obter ao menos 10% do total de trabalhadores de frigoríficos para o levantamento, entre ativos e inativos. Apenas no momento do lançamento do Teias em Bagé cerca de 25 questionários já foram aplicados. “A pesquisa quer mostrar as condições de trabalho e construir políticas públicas e sociais para que isso tenha influência na vida e na saúde das pessoas”, destaca Albuquerque.

Diagnóstico
O coordenador político da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação para o Rio Grande do Sul, Darci Rocha, enfatizou a necessidade do diagnóstico – uma parceria da CNTA/Sul, UFRGS, Instituto Itapuy e sindicatos de trabalhadores na alimentação – para melhorias nas negociações coletivas e demonstração à sociedade das condições laborais existentes. Rocha contou que já está na Câmara Federal o projeto de lei que reduz a jornada de trabalho em frigoríficos para 35 horas semanais. O projeto, de autoria do senador Paulo Paim, já foi aprovado no Senado Federal. O líder sindical apontou fatores como o assédio moral e o ritmo acelerado de produção como responsáveis pelo adoecimento dos trabalhadores no setor. “Ainda em fevereiro, de posse dos dados da pesquisa, voltaremos a Bagé e iremos promover uma audiência pública para apresentar a avaliação dos dados à comunidade”, ressalta Rocha.
 

Médico garante que dados ajudam a promover qualidade de vida
O médico do STIA/Bagé, Ronaldo Carvalho, salientou a necessidade de não apenas levantar um diagnóstico sobre as condições de saúde dos funcionários dos frigoríficos, mas o que pode ser feito com os dados em mãos. “Um trabalho como esse pode trazer uma qualidade melhor de vida e trazer a convicção de que possa ser promovida alguma mudança”, frisa Carvalho. Vários trabalhadores acabaram necessitando de benefícios como auxílio-doença ou auxílio-acidente de trabalho em 2010 devido à sobrecarga imposta pelas empresas, o que acaba influindo na área previdenciária. O advogado Luiz Mariano Niederauer, que irá prestar atendimento jurídico no setor previdenciário ao Stia/Bagé, ressaltou a importância do sindicato para que os cidadãos tenham uma orientação correta. Ele lembrou que muitas doenças não são reconhecidas pela Previdência Social, há demora na marcação de exames e o trabalhador acaba sendo empurrado da empresa para o INSS e vice-versa devido à burocracia. “Existem casos de pessoas com cortes ou com tendinites com dificuldade para realizar exames no tempo necessário”, pondera o advogado.
 
O presidente do Stia/Bagé, Luiz Carlos Cabral, destacou a importância de Bagé poder estar presente no projeto Teias, realizando um comparativo com o projeto Alerta, desenvolvido há três anos e cujos resultados demonstraram a necessidade de um cuidado maior com a saúde dos trabalhadores de frigoríficos. “Estarmos junto com Alegrete, São Gabriel e Pelotas nessa pesquisa nos possibilita a busca por melhores condições de trabalho no setor da alimentação e vamos apresentar esses dados no início de 2011 para a sociedade ter noção do que se passa com o trabalhador”, aponta Cabral.
 


Levantamento do projeto Teias em Bagé será de 1º a 3 de dezembro
Promoção da Cnta/Sul visa ao diagnóstico das atuais condições de trabalho nos frigoríficos


O projeto Teias (Traçando Estratégias Integradas de Ações em Saúde) será lançado em Bagé no dia 1º de dezembro, a partir das 19h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação, à rua Mélanie Granier, 157. A iniciativa é uma promoção da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Alimentação (Cnta), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e Instituto Itapuy, com participação dos Stias de Bagé, Alegrete, Pelotas e São Gabriel. Serão entrevistados 220 trabalhadores de frigoríficos dos quatro municípios com objetivo de comparar as atuais condições de saúde dos funcionários em relação aos dados diagnosticados no Projeto Alerta (Atenção às Lesões por Esforço Repetitivo dos Trabalhadores da Alimentação), realizado em 2005 e 2006.
 

O trabalho dos pesquisadores Paulo Albuquerque (Ufrgs) e Francisco Settineri (Instituto Itapuy) em Bagé vai ocorrer entre 1º e 3 de dezembro. O presidente do Stia/Bagé, Luiz Carlos Cabral, explica que a parcela de trabalhadores ouvidos para a realização da atividade será ouvida na própria residência. Serão entrevistados funcionários dos frigoríficos que estão na ativa como afastados por acidente de trabalho ou que estejam em auxílio-doença. As visitas domiciliares terão apoio de integrantes do sindicato de Bagé. “É fundamental que os trabalhadores afastados estejam no lançamento do Projeto Teias para que possamos atualizar esses dados sobre as condições de saúde dos trabalhadores do setor de frigoríficos”, pondera Cabral.

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