sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A LUTA DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DA ALIMENTAÇÃO DE ESTRELA PARA MANTER FUNCIONANDO A FÁBRICA DE BOM RETIRO DO SUL TEM PRIMEIRA AUDIÊNCIA NA JUSTIÇA!

Realizada neste dia 22 de fevereiro, na Vara do Trabalho de Estrela, a primeira audiência do processo movido pelo STICA - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Estrela, com o apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, contra a BRF - Brasil Foods, pela garantia do pleno funcionamento da fábrica de Bom retiro do Sul, onde existe a ameaça de desmonte de seu maquinário e consequente fechamento, o que causaria o desemprego de mais de 300 trabalhadores e geraria um grande problema social para aquele município.
Os detalhes da audiência não poderão ser divulgados porque foi determinado segredo de justiça ao processo.
Segundo Darci Pires da Rocha, coordenador político da sala de apoio da CNTA para a região sul, a decisão determinando que o processo corra em segredo de justiça é lamentável, uma vez que existe interesse público envolvido no caso.
-Da mesma forma que elogiamos a liminar concedida pela Juiza Deise Anne Herold, que resguardou um perigo iminente aos interesses dos trabalhadores e ao interesse público, em um excelente trabalho da Dra. Loire Adaime Godinho como representante jurídica da entidade, lamentamos profundamente a decisão do Excelentíssimo senhor Juiz Clocemar Lemes Silva em decretar que o processo corra em segredo de justiça.
No nosso entendimento, é estranho que um processo de troca de ativos que é público e notório, regido por regras determinadas pelo CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica e com substanciais aportes financeiros públicos, o que por si só deveria garantir a máxima transparência e clareza, dado seu vulto, entre duas empresas do porte da BRF e Marfrig, cujas decisões afetam a vida das comunidades envolvidas, de milhares de trabalhadores e de milhões de consumidores, tenha qualquer motivo para correr em segredo. É claro que respeitamos a decisão da justiça, mas sempre iremos discordar toda vez que o interesse privado se sobrepor ao interesse público, afinal o que está sendo decido diz respeito a vida dos trabalhadores e entendemos que a opinião pública é fundamental nesse tipo de processo - Disse Darci.
Por: Luiz Araújo

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