PATRONAL NÃO MELHORA PROPOSTA E TRABALHADORES DA CAMERA ENTRAM EM GREVE!
Desde as primeiras horas de hoje (27/08/2013) os trabalhadores da Industria Camera S/A, situada no complexo portuário de Estrela - RS entraram em greve, reivindicando uma melhoria na proposta patronal.
Depois de várias rodadas de negociação, mesmo diante dos esforços do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Estrela e da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, através de sua sala de apoio aos sindicatos da alimentação da região sul, a representação patronal não demonstrou sensibilidade a situação dos trabalhadores e manteve a sua proposta de reajuste de 8,2%.
Segundo os representantes dos Sindicatos de trabalhadores em negociação, que incluem ainda STIA Passo Fundo, Pelotas e São Gabriel, a proposta está aquém da pretensão dos trabalhadores, além de estar abaixo da média de todos os acordos fechados para os demais ramos da alimentação em 2013.
Segundo Pedro Mallmann, Presidente do STICA, os representantes patronais já sabiam da insatisfação dos trabalhadores do óleo, mas mesmo assim preferiram ignorar os apelos da entidade em melhorar a proposta, elevando o índice a um número, pelo menos, possível de ser analisado como próximo a pedida da classe.
-Nossa entidade sabia que os trabalhadores não estavam contentes com o tratamento que vinham recebendo a muito tempo da empresa. Não foi apenas esse ano que tem sido pedido para os trabalhadores compreender o lado da empresa, mas só que a empresa nunca entende o lado dos trabalhadores.
Ano passado tivemos um reajuste menor que os demais ramos da alimentação, pois os trabalhadores foram sensíveis a um apelo da empresa que não estavam em um bom momento, agora esse ano a conversa é a mesma? O Resultado é esse, os trabalhadores parados e agora é esperar que a empresa entenda e reconsidere a sua atitude.
Segundo o coordenador político da sala de apoio da CNTA - Darci Pires da Rocha que está junto com lideranças sindicais e com os trabalhadores na porta da fábrica, todos estão esperando a reabertura das negociações, desde que a patronal leve a sério a reivindicação da categoria.
-Estamos preocupados pois a atitude da empresa, até agora, foi tentar intimidar os trabalhadores a voltar a trabalhar, o que não conseguiram.
Temos tido denúncias de possível trabalho terceirizado e outras atitudes pouco recomendáveis para quem queira, de fato, resolver a situação.
O que os trabalhadores querem é o respeito da patronal as suas reivindicações, que não são absurdas, pois estão dentro daquilo que vem sendo negociado em vários acordos de vários ramos da alimentação no Rio Grande do Sul e no Brasil em 2013, por tanto, o ramo do óleo não pode alegar que está sendo penalizado ou que a proposta dos trabalhadores está fora da conjuntura econômica.
Infelizmente a patronal não levou a sério a informação das entidades sindicais da insatisfação dos trabalhadores, mas basta que as empresas do óleo demonstrem um pouco mais de sensibilidade para que esse impasse se resolva o mais rápido possível. Afirmou Darci!
Além da Camera S/A, outras indústrias do óleo estão envolvidas na negociação e as lideranças trabalhistas não descartam a possibilidade de impasse em outras localidades do estado.
Por: Luiz Araújo
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