Pnad: negociação sindical e aumento do salário mínimo
são responsáveis por queda da desigualdade
Aumentos reais dos salários mínimo nos últimos anos e negociações de sindicatos para garantir reajustes salariais são os dois principais responsáveis pela redução da desigualdade entre pobres e ricos no país, apresentada sexta-feira (21) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A análise é do coordenador de estudos de desenvolvimento do Dieese, Ademir Figueiredo.
De acordo com os dados, o Índice de Gini, que mede as diferenças sociais, que recuou de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011 (quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição de renda).
“Um dos responsáveis são as negociações sindicais para reajustes salariais, que vem permitindo que os trabalhadores consigam recuperar a inflação e ter aumentos reais”, afirma Figueiredo. “Outro fator importante são as políticas de recuperação do salário mínimo, que permitiu que ele crescesse pelo menos 64% nos últimos anos. Mais de 40 milhões de pessoas têm seus rendimentos baseados no salário mínimo.”
Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal dos trabalhadores cresceu 8,3% em 2011 na comparação com 2009, passando de R$ 1.242 para R$ 1.345. O maior aumento percentual se deu no Nordeste, de 10,7%, chegando a R$ 910. No Centro-oeste, a elevação média de 10,6% levou os rendimentos a R$ 1.624. Norte, com 7,7%, apresenta um rendimento médio de R$ 1.100. O Sudeste tem a segunda maior média do país, R$ 1.522, e o Sul vem em seguida, com R$ 1.461.
A Pnad mostrou ainda que a maior elevação foi observada entre os 10% com rendimentos mais baixos, que avançaram 29,2%, de R$ 144 para R$ 186. No geral, observou-se uma redução no crescimento do rendimento conforme o valor aumentava. Em 2011, os 10% da população ocupada com os rendimentos de trabalho mais elevados concentraram 41,5% do total de rendimentos.
Para o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Carlos Prado, o quadro inaugura uma tendência. “Temos uma situação relativamente melhor. Esse conjunto de indicadores mostra que o Brasil começa a caminhar para uma sociedade mais justa”. Ele avalia que a diminuição da desigualdade é reflexo do fortalecimento da economia e de políticas de distribuição de renda adotadas pelo governo, como o programa Bolsa Família. Além disso, ele ressalta que o crescimento econômico e o reduzido aumento populacional também garantem uma renda per capita maior.
Fonte: Rede Brasil Atual
Aumentos reais dos salários mínimo nos últimos anos e negociações de sindicatos para garantir reajustes salariais são os dois principais responsáveis pela redução da desigualdade entre pobres e ricos no país, apresentada sexta-feira (21) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A análise é do coordenador de estudos de desenvolvimento do Dieese, Ademir Figueiredo.
De acordo com os dados, o Índice de Gini, que mede as diferenças sociais, que recuou de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011 (quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição de renda).
“Um dos responsáveis são as negociações sindicais para reajustes salariais, que vem permitindo que os trabalhadores consigam recuperar a inflação e ter aumentos reais”, afirma Figueiredo. “Outro fator importante são as políticas de recuperação do salário mínimo, que permitiu que ele crescesse pelo menos 64% nos últimos anos. Mais de 40 milhões de pessoas têm seus rendimentos baseados no salário mínimo.”
Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal dos trabalhadores cresceu 8,3% em 2011 na comparação com 2009, passando de R$ 1.242 para R$ 1.345. O maior aumento percentual se deu no Nordeste, de 10,7%, chegando a R$ 910. No Centro-oeste, a elevação média de 10,6% levou os rendimentos a R$ 1.624. Norte, com 7,7%, apresenta um rendimento médio de R$ 1.100. O Sudeste tem a segunda maior média do país, R$ 1.522, e o Sul vem em seguida, com R$ 1.461.
A Pnad mostrou ainda que a maior elevação foi observada entre os 10% com rendimentos mais baixos, que avançaram 29,2%, de R$ 144 para R$ 186. No geral, observou-se uma redução no crescimento do rendimento conforme o valor aumentava. Em 2011, os 10% da população ocupada com os rendimentos de trabalho mais elevados concentraram 41,5% do total de rendimentos.
Para o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Carlos Prado, o quadro inaugura uma tendência. “Temos uma situação relativamente melhor. Esse conjunto de indicadores mostra que o Brasil começa a caminhar para uma sociedade mais justa”. Ele avalia que a diminuição da desigualdade é reflexo do fortalecimento da economia e de políticas de distribuição de renda adotadas pelo governo, como o programa Bolsa Família. Além disso, ele ressalta que o crescimento econômico e o reduzido aumento populacional também garantem uma renda per capita maior.
Fonte: Rede Brasil Atual