segunda-feira, 13 de agosto de 2012

REVOLTA E INDIGNAÇÃO MARCAM SEMINÁRIO!

Entidades participantes do evento afirmam:
Acordo Coletivo Especial é traição a classe trabalhadora!

Presentes no auditório do CEPERGS Sindicato, no dia 10 de agosto, diversas lideranças políticas e sindicais de diversas categorias debateram, desde às 14 horas, o Acordo Coletivo Especial, projeto atribuído a um Sindicato de trabalhadores metalúrgicos do ABC paulista que pretende flexibilizar a legislação trabalhista para permitir que cláusulas negociadas tenham prevalência sobre a lei!
A CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, entidade que apoiou a realização deste seminário através de sua sala de apoio aos sindicatos de trabalhadores da alimentação da região sul esteve presente com Darci Pires da Rocha, coordenador político e Luiz Carlos Araújo, coordenador administrativo da sala, ao lado de diversas lideranças sindicais da alimentação do Rio Grande do Sul, destacando-se a representação do STICAP - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Pelotas e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Panificação de Porto Alegre.
Primeiramente, os organizadores do evento apresentaram o projeto, expondo todos os seus pontos. Logo após, foi aberta a palavra a plenária para as manifestações das lideranças presentes.
Uma a uma, lideranças como a Professora Rejane do CEPERGS Sindicato e da CUT Pode Mais e Zé Maria do CSP Conlutas, dentre as várias manifestações, afirmaram que esse projeto é, na verdade, de autoria do Governo Federal tentado levar a efeito durante o período Fernando Henrique Cardoso, voltando agora pelas mãos do governo Dilma, levado ao congresso por uma entidade sindical ligada a corrente majoritária da Central Única dos Trabalhadores por medo da repercussão junto a classe trabalhadora, já que a finalidade do acordo coletivo especial é atender as reivindicações do empresariado brasileiro que, através de suas entidades de classe como a CNI - Confederação Nacional das Indústrias e FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, tem reiteradamente afirmado que a CLT é um entrave a lucratividade das empresas, pois garante direitos excessivos aos trabalhadores o que, segundo a patronal, torna as empresas brasileiras menos competitivas, assim, direitos dos trabalhadores como férias, 13º, dentre outros, teriam nesse projeto a possibilidade de serem "negociados" e, consequentemente, extintos, afirmaram as lideranças presentes.
Falando em nome do Presidente da CNTA - Artur Bueno de Camargo, Darci Rocha lembrou a todos que essa reforma faz parte de um projeto maior que já vem sendo gestado a muito tempo.
-Essa reforma está assentada em 3 pilares que são o desmantelamento sindical através da quebra da estrutura sindical vigente, o fim do poder normativo da Justiça do Trabalho e a Reforma da CLT. É triste ver que o Governo Dilma está se prestando a esse papel, traindo a classe trabalhadora para atender o interesse dos empresários! Disse Darci!
Luiz Carlos Araújo parabenizou as lideranças da CUT Pode Mais pela coragem do enfrentamento as idéias da corrente majoritária da Central.
-Não fosse a resistência valorosa desses companheiros, a Central Única dos Trabalhadores seria inteiramente a máquina sindical do governo usada com a finalidade de legitimar atos tão vis como esse, em que as lideranças governamentais não tem coragem, se quer, de apresentarem -se como autoras!
Paulo Farias afirmou que muitos companheiros da CUT estão indignados e dispostos a lutar para que direitos históricos da classe trabalhadora não sejam flexibilidados.


Por: Luiz Araújo

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