Marfrig insiste em não melhorar a proposta e agora são os trabalhadores de Alegrete quem decretam estado de greve!
Conforme antecipado pelo Boletim Informativo, aconteceu neste dia 24 de agosto a assembléia dos trabalhadores da unidade frigorífica da empresa Marfrig de Alegrete, que rejeitaram a proposta patronal e decidiram pelo estado de greve.
A exemplo do que aconteceu em Bagé, Alegrete recebeu diversas lideranças sindicais que vieram se solidarizar com o presidente Marcos Rosse, sua diretoria e os trabalhadores da Marfrig daquela cidade, como Gaspar Neves, presidente do STIA São Gabriel com vários diretores e Elton Lima, diretor da Central Única dos Trabalhadores - CUT e integrante da corrente sindical CUT Pode Mais, que tem sido parceira dos trabalhadores da alimentação na luta contra a flexibilização e a retirada de direitos.
Darci Pires da Rocha, coordenador político da sala de apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - CNTA, para a região sul, mais uma vez esteve ao lado dos trabalhadores de Alegrete, levando o apoio da categoria da alimentação de todo o Brasil, em nome do presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, que não pode se fazer presente.
Para Marcos Rosse, a decisão dos trabalhadores não foi surpresa, pois a insatisfação com diversos problemas no ambiente de trabalho, com a carga horária excessiva e com a baixa remuneração recebida pelos trabalhadores foi insistentemente informada aos negociadores patronais.
Em declaração ao Boletim Informativo, Darci Rocha comentou:
-As vezes, parece que os negociadores patronais gostam de causar prejuízos de maneira proposital a empresa. Em todas as mesas de negociação nós informamos que os trabalhadores fazem denúncias, demonstram insatisfação diante da situação e nos cobram uma ação mais efetiva.
Se houver uma paralisação das atividades da unidade industrial, certamente haverá prejuízo para todos, mas principalmente para a empresa que tem contratos a cumprir. Agora eu pergunto, será que vale a pena deixar que isso aconteça? Será que os acionistas do Marfrig sabem que a empresa poderá sofrer prejuízos pela teimosia de seus negociadores que preferem pagar pra ver a reverem suas posições? E olha que para a empresa os percentuais nem estão tão distantes assim. Só que para os homens e mulheres, trabalhadores da empresa, não serem valorizados como outros trabalhadores de indústrias frigoríficas do porte da Marfrig faz toda a diferença, porque ninguém gosta de não ter seu trabalho reconhecido e reconhecimento é nessas horas que se demonstra e não com conversa fiada, pois conversa fiada não bota comida na mesa e nem paga as contas de ninguém! Declarou Darci!
Por: Luiz Araújo
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