sexta-feira, 31 de agosto de 2012

CAMPANHA SALARIAL 2012! A RETA FINAL!

Sala de apoio da CNTA realiza rodadas de negociação com a Bunge e a Marfrig!

Aconteceram na sala de apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins duas reuniões de negociação da campanha salarial 2012, uma com a empresa Bunge Alimentos e outra com a empresa Marfrig.
Mais tranquila, a reunião com a Bunge ocorrida no dia de ontem (30/08/2012), às 14 horas, com a presença dos representantes do sindicato de trabalhadores nas indústrias da alimentação de Passo Fundo, trouxe uma proposta que deverá estar sendo apreciada pelos trabalhadores de Passo Fundo e São Gabriel na próxima semana.
Para Miguel Luis dos Santos, presidente do Sindicato dos trabalhadores da alimentação de Passo Fundo, a assembleia dos trabalhadores é quem define se deve aceitar a proposta ou não, mas acredita que os números apresentados pelos representantes da Bunge estão dentro de uma conjuntura compatível com os demais acordos do setor do óleo.
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Já com a empresa Marfrig as coisas não são tão tranquilas. 
Em reunião realizada no dia de hoje, (31/08/2012) os representantes da empresa reunidos com os representantes dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Alegrete, Bagé, Pelotas e São Gabriel, apresentaram alguma evolução nos números deixados na última proposta, mas, segundo as lideranças sindicais presentes, ainda está distante do que foi determinado nas assembleias dos trabalhadores da empresa Marfrig nas 4 cidades, que, inclusive, decidiu pela tirada de estado de greve.
Segundo o coordenador político da sala de apoio da CNTA, Darci Pires da Rocha, que coordenou as duas mesas de negociação, a empresa se comprometeu a apresentar uma proposta definitiva até segunda-feira à tarde.
-O acordo é possível, vamos continuar acreditando nisso até o último momento. Esperamos que a empresa seja sensível a justa reivindicação dos trabalhadores. Disse Darci!
Por: Luiz Araújo

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A JBS FICA!

Conselho de Desenvolvimento Econômico - CADE aprova aluguel da Frangosul pela JBS por 10 anos!

O plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade aprovou nesta quarta-feira (29/8), por unanimidade, operação em que a JBS S.A. passa a alugar plantas de abate de frango da Doux Frangosul S.A. Agro Avícola Industrial nos municípios de Caarapó, no Mato Grosso do Sul, e Passo Fundo e Montenegro, no Rio Grande do Sul.  De acordo com o contrato firmado entre as partes, pelo período de 10 anos, a JBS alugará todos os bens pertencentes ao ativo, incluindo marcas e equipamentos industriais.


A operação foi aprovada sem restrições, pois os conselheiros entenderam que o ato não representa elevada concentração no mercado de abate de frangos. O relator do caso, conselheiro Ricardo Machado Ruiz, avaliou que a operação é pró-competitiva, pois permite a entrada de uma empresa de grande poder econômico no setor de abate de aves – a JBS tinha até então participação insignificante no mercado de carne de frango in natura. O relator destacou ainda que a locação das plantas da Frangosul não afeta o mercado de abate de bovinos, mercado que tem recebido especial atenção do Cade. 

Assessoria de Comunicação do Cade
(61) 3425-1404 / 3221-8444 / 9132-2193

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

VIOLAÇÕES NA AUTONOMIA SINDICAL É TEMA DE ENCONTRO JURÍDICO EM BRASÍLIA!


Interferências do MTE e do MPT foram os destaques do IV Encontro Nacional dos Advogados das Entidades Sindicais da Categoria da Alimentação

Apesar de a Constituição prever o direito da organização sindical com base nas decisões majoritárias em assembleias, e o sistema da unicidade sindical prevalecer na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), dispositivos de Portarias têm permitido outras formas de organização, enfraquecendo cada vez mais o movimento sindical e o poder de luta dos trabalhadores. Preocupada com os reflexos negativos, sobretudo, na garantia dos direitos trabalhistas, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) realizou na última quinta (23/08), o IV Encontro Nacional dos Advogados das Entidades Sindicais da Categoria da Alimentação, em Brasília. A iniciativa reuniu 56 advogados de 44 entidades sindicais da Alimentação, e tem como objetivo integrar ações estratégicas políticas e jurídicas em benefício da representação sindical e da melhoria das condições de trabalho na indústria alimentícia.

O presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, aponta que está havendo interferência de facções do movimento sindical que defendem a implementação da pluralidade sindical. Ele também afirma que a flexibilização dos direitos dos trabalhadores remete aos interesses capitalistas que envolvem a classe empresarial e o governo. "A pluralidade é extremamente prejudicial porque vai dividir o movimento sindical no país. Por outro lado, o governo tem apoiado essas posições e nós precisamos fortalecer o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para tentar buscar, conjuntamente com as demais confederações, alternativas para reverter esta situação", denuncia.

Prova deste tipo de abertura são as Portarias 186 e 982 do MTE, que tratam, respectivamente, do registro e da contribuição sindical, que alteram o que está impresso na legislação. "A 186 traz a possibilidade da unicidade nas bases e a pluralidade nas entidades de grau superior (federações e confederações). Ou seja, é possível pegar um sindicato, por exemplo, da indústria da alimentação e desmembrá-lo para setores como o frigorífico, até criar outra federação ou confederação. A 982 diz que não prevalece o vinculado, mas o filiado nas representações. Também há uma discussão interna no Congresso Nacional sobre um projeto (PEC 369, do Poder Executivo) onde o negociado sobrepõe o legislado, ou seja, a exclusividade de negociação dos sindicatos é tirada e passada para 'entidades sindicais', que podem ser centrais, confederações ou federações.", explica Bueno.

Contribuição sindical e interferência do MPT

O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Rio de Janeiro, Deuzélio Oliveira, afirma que o modelo de cobrança da contribuição sindical, independente da filiação de trabalhadores, é primordial para manter os sindicatos e fortalecer a luta dos trabalhadores, como, por exemplo, na realização de assembleias e  negociações coletivas. "Se até hoje, em torno de 60 anos, ninguém mexeu na forma de  contribuição, não é agora que vão mudar. A política atual quer ser moderna para extinguir, mas não achou outra forma de financiamento para os sindicatos. Se achar uma forma melhor, estudaremos se aceitamos ou não", afirma.

Por conta da polêmica da Portaria 982, o advogado da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Minas Gerais, José Ferreira Pinto, afirma que o MPT têm interferido na organização sindical. "O MPT, às vezes até bem intencionado, interfere de alguma forma na organização sindical ao obrigar as entidades sindicais a estabelecerem acordos (Termos de Ajuste de  Conduta) e a não obrigatoriedade do desconto do salário dos trabalhadores em favor das entidades sindicais, relativamente aos não associados. Ocorre, no entanto, que também os não associados se beneficiam da mesma maneira das condições originárias de um acordo ou convenção coletiva", avalia José Ferreira, que defende a contribuição espontânea.

Frigoríficos sem regulamentação trabalhista

A falta de avanço na criação da Norma Regulamentadora do setor frigorífico foi outro tema de destaque no encontro. Há um ano em discussão no MTE, trabalhadores, governo e empresas não chegaram a um consenso sobre a concessão de pausas para descanso, dentre outras reivindicações dos trabalhadores. Por isso, entre as alternativas políticas e jurídicas discutidas para combater a precariedade no setor frigorífico estão a formalização de denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e a retomada das negociações com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

"A representação patronal tem dificuldade para viabilizar esta NR. Por se tratar de um setor crítico, altamente insalubre, decidimos aguardar até o mês que vem quando ocorrerá o último encontro entre trabalhadores, governo e patrões. Se a NR não for viabilizada, iremos desenvolver um trabalho de mobilização em todo o país. Esse é o limite que nós daremos e se nosso pedido não for contemplado, iremos retomar as negociações com a CNI ou de qualquer outra forma", afirma Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA.


A advogada Dulce Elena Ferreira, representante do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Araçatuba (SP) destacou que além das más condições de trabalho (exposição corrente a acidentes e doenças de trabalho), os trabalhadores da região de São Paulo, segundo colocado em número de trabalhadores no Brasil (63 mil), explica que o baixo salário também preocupa a categoria. “Para os trabalhos que eles fazem e as condições de vida que a gente tem hoje, R$ 800,00 é muito pouco. Tivemos agora um reajuste de 10%, mas mesmo assim continua baixo. O frigorífico se estendeu muito e virou um monopólio. O JBS Friboi está presente em todos os lugares do país. Temos dificuldade de conversar com os patrões, são, na maioria das vezes, pessoas frias. No meu ponto de vista, esta norma é muito importante para regulamentar a jornada, reduzir as doenças ocupacionais e a exposição aos movimentos repetitivos de trabalho.”, diz.

Entre as principais reivindicações que constam na NR estão pausas de 10 minutos a cada 50 minutos de trabalho, intervalos de 20 minutos a cada 3 horas para alimentação, e a redução da jornada de trabalho de 7h20 para 6h diárias, além da extinção das horas-extras. Com o Projeto de Lei nº03/2009 no Senado Federal, os trabalhadores também exigem a redução da exposição a baixas temperaturas e ao ritmo frenético de trabalho, dentre outras ações preventivas de acidentes. Já nas negociações com a CNI, iniciadas em setembro de 2010 e interrompidas para discussão da NR dos Frigoríficos, a categoria exige ainda o piso mínimo nacional de R$ 1.000,00.



Assessoria de imprensa da CNTA
Clarice Gulyas (61) 8177 3832 / 3242 6171

PAGANDO PRA VER III! A VEZ DE SÃO GABRIEL!

Trabalhadores da empresa Marfrig de São Gabriel, a exemplo de Bagé e Alegrete, também rejeitam proposta patronal e tiram estado de greve!

Em assembléia realizada neste dia 28 de agosto, no portão principal da empresa Marfrig em São Gabriel, trabalhadores da indústria frigorífica rejeitaram a proposta patronal e aprovaram o estado de greve que deverá ser comunicado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação.
Segundo Gaspar Neves, presidente da entidade, a intransigência dos negociadores da empresa levaram a essa decisão.
-Assim como aconteceu em outras cidades até agora, os trabalhadores também não aceitaram os índices oferecidos pela empresa. Estamos aguardando que a empresa tenha o bom senso de marcar outra reunião, aqui em São Gabriel, e que possamos resolver essa negociação com diálogo. Disse Gaspar!
Além de diversas lideranças sindicais como os diretores do STIA Alegrete, representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, Darci Pires da Rocha, coordenador político da sala de apoio da CNTA aos sindicatos da Alimentação da região sul, mais uma vez, manifestou aos trabalhadores que os sindicatos de trabalhadores ligados a CNTA tem buscado o diálogo com a patronal e procurado mostrar que busca negociar dentro de parâmetros compatíveis com a realidade do ramo da carne, do tamanho da empresa, e dentro do que os próprios trabalhadores tem pedido nas assembleias, mas que, infelizmente, os negociadores patronais insistem em ignorar!
-Amanhã (hoje), estaremos em Pelotas e temos certeza que a decisão dos trabalhadores de lá não será diferente das demais cidades. Isso deveria mostrar aos empresários a insatisfação dos trabalhadores com as propostas apresentadas até agora. Ainda há tempo para negociação, mas depende da empresa! Afirmou Darci!

Por: Luiz Araújo

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ULTIMATO PARA REGULAMENTAÇÃO DO SETOR FRIGORÍFICO!


Trabalhadores dão prazo até setembro para consenso na criação da norma
regulamentadora dos frigoríficos, no MTE. A partir daí, categoria irá retomar as
negociações em nível nacional com o patronal





Por Clarice Gulyas

A saúde do trabalhador da indústria alimentícia foi tema de conferência realizada nesta quinta (23/08) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA), em Brasília. Durante o IV Encontro Nacional dos Advogados das Entidades Sindicais da Categoria da Alimentação, que reuniu 56 representantes jurídicos e 44 entidades sindicais, a categoria decidiu buscar alternativas políticas e jurídicas para combater a precariedade no setor frigorífico. Entre elas, estão a formalização de denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e a retomada das negociações com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Por ser o setor mais crítico da Alimentação, em termos de acidentes e doenças
ocupacionais, a CNTA pede urgência na regulamentação das condições de trabalho nos frigoríficos. Sem avanço quanto ao consenso com o patronal na elaboração da Norma Regulamentadora (NR), há mais de um ano no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a categoria (com aproximadamente 500 mil trabalhadores) decide pela retomada da mobilização nacional.

Entre as principais reivindicações que constam na NR estão pausas de 10 minutos a cada 50 minutos de trabalho, intervalos de 20 minutos a cada 3 horas para alimentação, e a redução da jornada de trabalho de 7h20 para 6h diárias, além da extinção das horas-extras. Com o Projeto de Lei nº03/2009 no Senado Federal, os trabalhadores também exigem a redução da exposição a baixas temperaturas e ao ritmo frenético de trabalho, dentre outras ações preventivas de acidentes. Já nas negociações com a CNI, iniciadas em setembro de 2010 e interrompidas para discussão da NR dos Frigoríficos, a categoria exige ainda o piso mínimo nacional de R$ 1.000,00.

"A representação patronal tem dificuldade para viabilizar esta NR. Por se tratar de um setor crítico, altamente insalubre, decidimos aguardar até o mês que vem quando ocorrerá o último encontro entre trabalhadores, governo e patrões. Se a NR não for viabilizada, iremos desenvolver um trabalho de mobilização em todo o país. Esse é o limite que nós daremos e se nosso pedido não for contemplado, iremos retomar as negociações com a CNI ou de qualquer outra forma", afirma Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA (foto).

Fortalecimento do MTE e impacto social

Outra aposta da CNTA em relação à defesa de condições mais dignas de trabalho nos frigoríficos e o restante da categoria da Alimentação é a aproximação com o ministro Brizola Neto, do MTE, para fortalecer a Pasta em benefício dos trabalhadores. "O MTE sempre foi tratado por governos anteriores e, inclusive, pelo governo Lula, como o 'patinho feio', como disse o
próprio ministro em reuniões com as confederações de trabalhadores no último mês. Isto vem acontecendo simplesmente porque o governo não tem nenhum interesse em fortalecer esse órgão, que necessita urgentemente de uma estrutura adequada para fiscalizar as condições de trabalho e a qualidade das empresas. Esperamos que com essa abertura, a gente possa prosseguir com esse trabalho e participar ativamente das propostas do MTE para melhorar e fortalecer a representação sindical e as condições de trabalho no país", destaca Artur, que também abordou, durante o encontro, a interferência do governo e do MPT na organização sindical.


De acordo com a assessora jurídica da CNTA, Rita de Cássia Vivas (foto), a questão dos acidentes frequentes no setor (mais de 61 mil entre 2008 e 2010) não deve ser preocupação exclusiva da categoria, mas de toda a sociedade. “Há estudos, inclusive do INSS, que apontam que esses acidentes afetam o Estado como um todo em razão da concessão dessas eventuais aposentadorias por invalidez e, principalmente, por acidente. Os trabalhadores da nossa categoria sofrem muitas Lesões por Esforço Repetitivo (LER), por exemplo, quando realizam cerca de 18 movimentos repetitivos a cada 15 segundos no setor de desossa. Já os trabalhadores da área bovina sofrem muitos problemas na coluna por carregar nas costas animais de grande porte.”, diz.

Demissões no RS

O advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé (RS), Álvaro Pimenta Meira, lembra a enxurrada de demissões enfrentadas pelos trabalhadores no Rio Grande Sul, região com maior número de trabalhadores em frigoríficos, com mais de 70 mil pessoas. Segundo o especialista, as más condições de trabalho e as demissões frequentes no Estado também refletem prejuízos econômicos, o que pode justificar a alta rotatividade no setor e a falta de avanço na criação da NR. No último mês, a CNTA entregou pessoalmente ao ministro Brizola Neto ofício que denuncia práticas abusivas das empresas Marfrig e JBS Friboi em relação às más condições de trabalho e a falta de comprometimento com os trabalhadores diante do recebimento de altos investimentos governamentais e federais como o BNDES.

“O frigorífico é um dos ramos que mais movimentam a economia do país e talvez por isso estejam barrando esse andamento da NR. Esperamos que a consciência política e a fidelidade com a população leve essa questão à frente. A relação capital e trabalho é relacionada a esse fato, então as empresas acreditam que se concederem a folga exigida na NR, irão perder na produção, mas na realidade, se fizermos o método associativo de rentabilidade do trabalho e satisfação do trabalhador, seguramente as empresas vão comprar essa ideia.”, avalia Álvaro, que também critica a morosidade do Poder Judiciário em relação a tramitação das ações trabalhistas.

Pesquisa recente da CNTA, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizada entre 2007 e 2010 no setor bovino das cidades de Bagé, Alegrete, Pelotas e São Gabriel, aponta que as maiores queixas quanto aos danos físicos e psíquicos enfrentados nos frigoríficos são a repetição de movimentos, com 87% de reclamações; a exigência de rapidez nas atividades, com 83,6%, e a exposição ao barulho, com 77,4% de queixas.


Assessoria de imprensa da CNTA
Clarice Gulyas (61) 8177 3832 / 3242 6171
claricegulyas@gmail.com ou imprensacnta@gmail.com

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PAGANDO PRA VER II!

Marfrig insiste em não melhorar a proposta e agora são os trabalhadores de Alegrete quem decretam estado de greve!


Conforme antecipado pelo Boletim Informativo, aconteceu neste dia 24 de agosto a assembléia dos trabalhadores da unidade frigorífica da empresa Marfrig de Alegrete, que rejeitaram a proposta patronal e decidiram pelo estado de greve.
A exemplo do que aconteceu em Bagé, Alegrete recebeu diversas lideranças sindicais que vieram se solidarizar com o presidente Marcos Rosse, sua diretoria e os trabalhadores da Marfrig daquela cidade, como Gaspar Neves, presidente do STIA São Gabriel com vários diretores e Elton Lima, diretor da Central Única dos Trabalhadores - CUT e integrante da corrente sindical CUT Pode Mais, que tem sido parceira dos trabalhadores da alimentação na luta contra a flexibilização e a retirada de direitos.
Darci Pires da Rocha, coordenador político da sala de apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - CNTA, para a região sul, mais uma vez esteve ao lado dos trabalhadores de Alegrete, levando o apoio da categoria da alimentação de todo o Brasil, em nome do presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, que não pode se fazer presente.
Para Marcos Rosse, a decisão dos trabalhadores não foi surpresa, pois a insatisfação com diversos problemas no ambiente de trabalho, com a carga horária excessiva e com a baixa remuneração recebida pelos trabalhadores foi insistentemente informada aos negociadores patronais.
Em declaração ao Boletim Informativo, Darci Rocha comentou:
-As vezes, parece que os negociadores patronais gostam de causar prejuízos de maneira proposital a empresa. Em todas as mesas de negociação nós informamos que os trabalhadores fazem denúncias, demonstram insatisfação diante da situação e nos cobram uma ação mais efetiva.
Se houver uma paralisação das atividades da unidade industrial, certamente haverá prejuízo para todos, mas principalmente para a empresa que tem contratos a cumprir. Agora eu pergunto, será que vale a pena deixar que isso aconteça? Será que os acionistas do Marfrig sabem que a empresa poderá sofrer prejuízos pela teimosia de seus negociadores que preferem pagar pra ver a reverem suas posições? E olha que para a empresa os percentuais nem estão tão distantes assim. Só que para os homens e mulheres, trabalhadores da empresa, não serem valorizados como outros trabalhadores de indústrias frigoríficas do porte da Marfrig faz toda a diferença, porque ninguém gosta de não ter seu trabalho reconhecido e reconhecimento é nessas horas que se demonstra e não com conversa fiada, pois conversa fiada não bota comida na mesa e nem paga as contas de ninguém! Declarou Darci!


Por: Luiz Araújo

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

PAGANDO PRA VER!

Marfrig não apresenta proposta e trabalhadores de Bagé, reunidos em assembleia, decretam estado de greve!

Reunidos em assembleia convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé, nesta quita-feira, dia 23 de agosto, em frente a unidade industrial da empresa Marfrig de Bagé, trabalhadores do frigorífico decidiram tirar estado de greve e autorizaram a entidade sindical a comunicar a direção da empresa.
Presente a atividade, Darci Pires da Rocha, coordenador político da sala de apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de alimentação e Afins - CNTA, levou a palavra de apoio da Confederação ao presidente da entidade, Luiz Carlos Cabral Jorge e a toda sua diretoria e, em nome do presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, declarou apoio e solidariedade dos trabalhadores da alimentação do Brasil a decisão dos trabalhadores de Bagé.
Segundo a direção do STIA Bagé, os trabalhadores receberam a informação da proposta apresentada pela empresa e a proposta defendida pela comissão de negociação, sendo que a proposta da empresa foi rejeitada por unanimidade. 
A  proposta da comissão de negociação, coordenada pela CNTA e composta pelos sindicatos de trabalhadores da alimentação de Alegrete, Bagé, Pelotas e São Gabriel, recebeu o apoio e a concordância integral dos trabalhadores.
Amanhã, será a vez dos trabalhadores da empresa Marfrig de Alegrete realizarem sua assembléia, sendo que em São Gabriel a assembleia ocorrerá no dia 28 de agosto e em Pelotas, até o fechamento dessa matéria, ainda não tivemos a data confirmada.



Por: Luiz Araújo

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

CNTA NA VANGUARDA DO MOVIMENTO SINDICAL!


Debate nacional sobre setor frigorífico e reestruturação sindical
IV Encontro Nacional dos Advogados das Entidades Sindicais dos Trabalhadores da Categoria da Alimentação debate estratégias nos Poderes Executivo e Judiciário

Corpo jurídico representará cerca de 350 entidades sindicais em prol de aproximadamente 2,7 milhões de trabalhadores em todo o país. Falta de avanço na regulamentação profissional do setor frigorífico e intervenção do Judiciário e do Executivo na organização e atuação sindical serão alguns dos temas em debate



Por Clarice Gulyas

 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) realiza nesta quinta (23/08), o IV Encontro Nacional dos Advogados das Entidades Sindicais dos Trabalhadores da Categoria da Alimentação, das 9h às 18h, no Hotel Nacional, em Brasília. O evento faz parte das deliberações da última Assembleia Geral da CNTA (ocorrida em junho deste ano) e tem como objetivo unificar a luta dos trabalhadores de forma estratégica com base na integração das assessorias jurídicas de sindicatos e federações.

Dentre os temas a serem discutidos, destacam-se a falta de avanço na elaboração daNorma Regulamentadora dos Frigoríficos, há mais de um ano no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e a necessidade de alterações ou revogações das Portarias 186 e 982 do MTE, que tratam, respectivamente, do registro e das regras de repasse da contribuição sindical. Ambas as portarias foram alvos de Ações Diretas de Inconstitucionalidade ajuizadas pela CNTA e outras confederações no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o evento, os profissionais de Direito também irão entrar em consenso sobre posicionamento referente à PEC 369 do Poder Executivo, que retira o poder de negociação dos sindicatos; e ainda deliberar sobre a interferência do Ministério Público do Trabalho na autonomia do movimento sindical, e a possibilidade da unificação da data base da categoria. 

De acordo com Artur Bueno de Camargo (foto), presidente da CNTA, a ação conjunta irá permitir uma atuação ainda mais eficaz na defesa dos interesses dos trabalhadores. Segundo ele, o setor mais crítico da Alimentação é o frigorífico, com trabalhadores expostos a condições insalubres de trabalho e extensa jornada laboral. "Este encontro tem a intenção de fortalecer o corpo jurídico e nortear as ações das entidades sindicais na luta pelos direitos dos trabalhadores. No caso dos frigoríficos, há extrema urgência da regulamentação do setor. Inclusive, formalizamos, no último mês, uma denúncia entregue em mãos ao ministro Brizola Neto (MTE) sobre as práticas abusivas que ocorrem, principalmente, no Rio Grande do Sul, com a falta de responsabilidade social das empresas em contra partida dos investimentos recebidos pelo governo local e federal, como o do BNDES", diz.
Intercâmbio jurídico
Para a assessora jurídica da CNTA, Rita de Cássia Vivas, o encontro irá permitir uma importante troca de experiências acerca das diferentes realidades vividas pelos trabalhadores em cada Estado. "As dificuldades e exigências que encontramos em Brasília são absolutamente diferentes daquelas experimentadas nos outros Estados. Por isso, através desse encontro, será possível trocarmos experiências, dificuldades e também sucessos. Troca enriquecedora, pois certamente servirá como paradigma para nossas atitudes futuras, criando novas estratégias de atuação.", afirma.

 
O advogado da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Norte e Nordeste, Paulo Marinho Spínola, acredita que a iniciativa trará mais êxito às ações trabalhistas, tornando mais eficaz as tramitações processuais. "São estes encontros que mostram as soluções a serem implantadas para uma rapidez dos conflitos nas relações de capital e trabalho. É através destes operadores do Direito, que labutam constantemente nas demandas trabalhistas, que podem ser orientadas as deficiências da prestação jurisdicional, fornecendo os subsídios necessários para a correção da celeridade de demandas judiciais.", aprova.

O advogado Jorge Luiz Remboski, que representa a CNTA no Estado de Rondônia, por meio de uma Sala de Apoio localizada em Ji-Paraná, explica que o intercâmbio jurídico significa uma ferramenta a mais de trabalho também contra a má organização sindical. Recentemente, o principal sindicato dos trabalhadores da categoria da Alimentação de Rondônia sofreu uma intervenção judicial após denúncias de corrupção. "Com exceção do sindicato de Rolim de Moura (SINTRA-ALI), temos enfrentado dificuldades como a falta de qualificação dos dirigentes sindicais, a desorganização estrutural dos sindicatos e, em especial, a desvirtuação dos objetivos dos entes representativos, cujos interesses maiores são de natureza pessoal de seus dirigentes, deixando, por conseguinte, de priorizar a classe trabalhadora, que consequentemente vem sendo prejudicada.", diz.

A advogada da CNTA, Eliana Rocha, conclui que o evento também servirá para fortalecer o relacionamento entre as entidades sindicais e os trabalhadores. “Para as entidades que mandam seus profissionais do Direito ao encontro, há um excelente retorno, pois o resultado do evento fortalece não só o corpo jurídico, como também toda a diretoria e a classe trabalhadora, que passam a atuar nas questões jurídicas de forma harmoniosa e integrada com os advogados de Brasília (sede da CNTA), que respondem, principalmente, pelos recursos no Tribunal Superior do Trabalho e no STF”, incentiva.

Assessoria de imprensa da CNTA:
Clarice Gulyas(61) 8177 3832 / 8428 0719 / 3242 6171imprensacnta@gmail.com

terça-feira, 21 de agosto de 2012

DE MODELO A TODA TERRA!

Trabalhadores Gaúchos começam se mobilizar contra a proposta patronal de flexibilização da CLT, apresentada por um sindicato do ABC paulista e que conta com o apoio do Governo Dilma!

Em reunião realizada dia 15, na cidade de Pelotas, promovida pela regional sul da Central Única dos Trabalhadores - CUT, nas dependências do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Pelotas - STICAP, entidade filiada a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - CNTA, trabalhadores de diversas categorias debateram o ACE - Acordo Coletivo Especial, projeto de Lei de flexibilização da CLT que propõe que acordos firmados entre trabalhadores e empregadores tenha prevalência sobre a lei.
Segundo a opinião dos trabalhadores presentes, a CUT não pode apoiar esse tipo de projeto, mas combater a agenda neo-liberal  envolvendo direitos trabalhistas.
Para o diretor do STICAP, Elton Lima, esse tipo de debate deve ser feito nas bases, para que os trabalhadores sejam envolvidos, opinem e que a luta possa ser uma consequência da vontade dos trabalhadores.
A reportagem completa está no link:  http://esquerdadacut.org.br/site/?p=271
Por: Luiz Araújo

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

NEGOCIAÇÕES COM MARFRIG NÃO AVANÇAM!

Reunião em Bagé da CNTA e Sindicatos filiados definem por assembleias para que os trabalhadores decidam se haverá greve na indústria bovina gaúcha!

Aconteceu ontem na cidade de Bagé, reunião com a presença das principais lideranças dos trabalhadores da alimentação das indústrias de carne bovina do estado para debaterem sobre a demora no fechamento das negociações com a empresa Marfrig.
Presentes lideranças dos sindicatos dos trabalhadores da alimentação de Alegrete, Bagé, Pelotas, São Gabriel, além do coordenador político Darci Rocha, da sala de apoio aos sindicatos da alimentação da região sul da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - CNTA.
Na oportunidade, todos os presentes foram unânimes em afirmar que, apesar do esforço dos trabalhadores, que estão a muito tempo sem reajuste salarial, além de enfrentarem diversos problemas relatados pelos próprios trabalhadores, que vão desde condições inseguras, jornadas extensas e doenças ocupacionais até denúncias de assédio moral, não puderam contar com a sensibilidade da empresa e de seus negociadores. 
A empresa que chegou a apresentar uma proposta muito distante da realidade da conjuntura vivida pela indústria bovina gaúcha, tem resistido a avançar na negociação apesar do alerta das entidades sindicais que cresce a insatisfação dos trabalhadores nas diversas fábricas do grupo Marfrig e que, caso a empresa não demonstre sensibilidade em avançar, não estão descartadas outras medidas para resolver o impasse.
Darci Pires da Rocha, em nome da sala de apoio da CNTA falou sobre a decisão das entidades em convocar assembleias para que os trabalhadores decidam pela tirada do estado de greve.
-Mais uma vez, vemos uma empresa demonstrar insensibilidade diante do anseio e da angústia vivida pelos trabalhadores e trabalhadoras de um setor tão difícil como uma indústria frigorífica.
É um setor de carga horária extrema, de condições insalubres absurdas, cuja remuneração é tão baixa, que esse tipo de indústria só tem mão de obra, ainda, pela necessidade de sobrevivência de pessoas humildes, de cidades que muitas vezes não lhes dão alternativas, pois todo mundo sabe que, havendo uma chance de mudança de emprego, o trabalhador da indústria frigorífica não pensa duas vezes.
As lideranças sindicais dos trabalhadores da alimentação do estado tem procurado mostrar aos negociadores da empresa, deixando claro que a proposta apresentada por eles está distante daquela que já foi fechada com empresas frigoríficas menores esse ano, que se não houver a boa vontade por parte deles o processo poderá se radicalizar. Eu acredito ainda que dialogar é sempre o melhor para as partes, e temos buscado esse diálogo desde que nossa campanha salarial foi deflagrada, mas se a empresa entender que não é por aí, só podemos lamentar, mas depois não venham para a mídia alegar que são os trabalhadores que radicalizaram o processo, pois disposição de negociar se demonstra com atitude e com respeito e não com conversas vazias via imprensa ou ameaças de demissões caso não aceitem a proposta patronal como já aconteceu em algumas unidades de acordo com denúncias dos trabalhadores que chegaram a nós. Afirmou Darci!
Entenda a diferença entre as propostas:
Proposta do Sindicato                Proposta do Marfrig
Reajuste: 10,5%                                                   Reajuste: 5,8%
Pisos:                                                                    Pisos:
Serviços gerais: R$ 810,00                      Serviços gerais: R$ 768,40
Profissionais:R$ 872,00                                Profissionais: R$ 813,00
Desconto vale transporte: 0%              Desconto vale transporte: 0%
Auxílio escolar: R$ 405,00                         Auxílio escolar: R$ 384,20
De acordo com a coordenação da reunião, foi deliberado que as entidades convocarão assembleias para que os trabalhadores definam pela tirada do estado de greve. Até o fechamento dessa matéria o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé confirmou assembléia para o dia 23 de agosto, quinta-feira, na porta da empresa, às 6 horas e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Alegrete para o dia 24 de agosto, sexta-feira, às 5 horas da manhã, também na porta da empresa. Pelotas e São Gabriel deverão divulgar em breve a data de suas assembleias.
Por Luiz Araújo

STICAP FECHA ACORDO COM A IRGOVEL!

Acordo de filiada da CNTA é considerado muito bom no setor de óleo no Rio Grande do Sul!
Foi na sexta-feira, em assembléia realizada em Pelotas, que os trabalhadores da IRGOVEL aceitaram a proposta da empresa negociada com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas da Alimentação de Pelotas e Região - STICAP.
Foi acertado um piso de ingresso de R$ 735,00, um piso de efetivação de R$ 810,00, um reajuste, para quem ganha acima do piso de R$ 8%, dentre os principais itens.
Lair de Mattos, presidente do STICAP, disse ao Boletim Informativo que o objetivo era um acordo ainda melhor, mas acredita que a proposta da IRGOVEL foi passível de ser levada a assembleia, dentro daquilo que os trabalhadores definiram na campanha salarial como o mínimo necessário para ser discutido.
Por: Luiz Araújo