MARFRIG NÃO CUMPRE A PALAVRA DADA, VOLTA
ATRÁS E DECIDE FECHAR PLANTA EM ALEGRETE!
Aconteceu hoje, às 10:30 hs, na Secretaria
Estadual do Trabalho uma reunião entre o Secretário Miki Breier, juntamente com
o chefe de gabinete Juliano Paz, com Luiz Carlos Costa de Araújo, representando
a CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação
e Afins, através da sala de apoio que mantém para atender aos trabalhadores do
ramo da alimentação.
Na oportunidade Luiz Araújo, em nome do
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de
Alegrete, Marcos Antonio Rosse, levou ao conhecimento do atual governo estadual
todo o histórico ocorrido durante as negociações que envolveram os
representantes da empresa, trabalhadores e membros do Governo Tarso Genro,
quanto os responsáveis pela empresa manifestaram intenção de fecharem a planta
frigorífica que arrendam em Alegrete, alegando dificuldades em relação a
matéria prima e questões logísticas sanitárias, mas voltaram atrás e deram a
palavra de continuidade das atividades, depois de receberem a garantia de que o
Governo estadual se empenharia em ajudar a equacionar as dificuldades alegadas
pela empresa.
Diante do relato, o Secretário do Trabalho
manifestou grande preocupação pelo incalculável prejuízo social que a atitude
da empresa Marfrig estará causando ao estado do Rio Grande do Sul, em especial
a fronteira oeste, e disse que irá se empenhar para levantar com outras
secretarias que negociaram a época( Casa Civil e Agricultura) dados para buscar
uma solução.
INACREDITÁVEL!
Para Luiz Araújo, a decisão dos responsáveis
pela empresa Marfrig é inacreditável.
-Sob vários aspectos, fica difícil
acreditar que tal decisão tenha sido tomada. Primeiro pela quebra da palavra
dada menos de 6 meses depois, o que sinaliza não só para os trabalhadores,
comunidade alegretense e autoridades gaúchas, que aqueles que tomam decisões não
costumam avaliar consequências o que é sempre muito ruim.
Não bastasse a decisão demonstrar pouca
ética e pouca confiabilidade no trato com as pessoas envolvidas, essas atitudes
intempestivas tomadas para pouco depois voltar-se atrás, sinaliza claramente o
despreparo profissional com que uma empresa desse porte vem sendo administrada.
Se isso já seria suficiente para preocupar
os acionistas, pois fica claro que o dinheiro investido está sendo gerido de
maneira pouco profissional, saber que tal atitude está fechando uma planta com
uma capacidade de produção alta, em plenas condições de exportação para todos
os mercados consumidores, sendo que para alguns, é uma das poucas plantas
autorizadas para tal, fica ainda mais cristalino que o fechamento da planta
frigorífica de Alegrete trará prejuízos também aos investidores, além dos
incalculáveis prejuízos sociais a metade sul do estado.
Se levarmos em consideração que dentre os
maiores acionistas estão o Governo Federal, através do BNDES e, indiretamente,
o Governo do Estado, pelo programa de renúncia fiscal conhecido como Agregar
Carnes, do qual a planta de Alegrete é beneficiária, sendo que a empresa
usufrui com o compromisso de geração de emprego e renda, coisa aliás, que seus
administradores convenientemente esquecem de cumprir, embora duvidamos que
restituam o erário público o que receberam para tal, o prejuízo é dobrado.
Como se não bastasse tudo isso, o fato de
afirmar que ficará com a planta fechada, impedindo que outra empresa possa
produzir e manter os postos de trabalho, certamente deve merecer das
autoridades não só atitudes firmes pela total falta de responsabilidade social,
mas também uma investigação e apuração rigorosa, já que os próprios produtores
negam que exista falta de matéria prima, ao contrário; Diversos cenários
apontam que o mercado exportador teve um bom ano em 2014 e as perspectivas são
ainda melhores para 2015; A mão de obra é altamente qualificada; Por que então
fechar uma das melhores plantas exportadoras do país? Pergunta Luiz! É, no
mínimo, estranho!
E completa: Chega ser irônico que,
enquanto a concorrência investe em marketing afirmando que "Carne
confiável tem nome", para os trabalhadores e para a comunidade
alegretense, empresa sem um mínimo de credibilidade "Também"!
Marcos Rosse - Presidente
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