quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

RECOMENDAÇÃO DO SEAE SOBRE MARFRIG PREOCUPA TRABALHADORES GAÚCHOS!

Em matéria divulgada pelo jornal Zero Hora, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) fez uma recomendação para que o grupo Marfrig se desfaça das plantas de abate no Rio Grande do Sul, para concretizar a aquisição da empresa Mercosul.
Segundo a matéria, foi identificada uma concentração de mercado, por parte do Marfrig no estado, acima de 20%.
A empresa arrenda as plantas frigoríficas do Mercosul nas Cidades de Alegrete, Bagé, Mato Leitão, Capão do Leão, no Rio Grande do Sul, além das plantas de Nova Londrina(PR), Pirenópolis(GO) e Tucumã(PA).
Diante da notícia, o coordenador da sala de apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins para a região sul, Darci Pires da Rocha, está buscando contato com a Direção da empresa afim de esclarecer os fatos.
-Estamos atentos e vamos buscar falar com a Direção da empresa sobre essa situação, pois essa recomendação do Seae nos preocupa na medida em que o Marfrig é responsável por um número muito grande de empregos no estado.
Fica difícil entender uma recomendação dessas agora, em cima de uma situação consolidada, pois o grupo Marfrig já arrenda as plantas desde 2009, não está tentando faze-lo agora, por tanto, a alegação de concentração de mercado vem com, pelo menos, dois anos de atraso. E depois, a vinda do grupo para o Rio Grande do Sul foi fundamental na recuperação de um setor que esteve, praticamente, falido. O Mercosul recuperou plantas que estavam fechadas e que só se mantiveram abertas por terem sido arrendadas pelo Marfrig, o que por si só já não é uma situação muito tranquila para os trabalhadores, pois o ideal seria que o Marfrig adquirisse as plantas, acabando com o temor de que a indústria frigorífica bovina, no estado, possa passar pelos momentos difíceis de anos atrás, cujas consequências ainda hoje são sentidas pela classe trabalhadora.
Para nós, qualquer parecer ou recomendação desse tipo, antes de ser emitida, deveria levar em consideração a questão social, antes da questão econômica e que fique claro que os trabalhadores não são a favor da formação de monopólios por mega grupos, mas neste caso, a situação é muito diferente de outras aquisições ou fusões, como, por exemplo, a formação da BRF - Brasil Foods ou da AMBEV; já que no caso Marfrig se ajudou a manter e recuperar postos de trabalho, enquanto nos outros dois houve o inverso, com concentração de produção e fechamento de fábricas produtivas, apesar de todos os avisos dos trabalhadores ao CADE , - disse Darci!
Por: Luiz Araújo

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