sexta-feira, 15 de maio de 2015

FORÇA TAREFA INTERDITA UNIDADE DA MARFRIG EM BAGÉ!

O ESFORÇO DA CNTA E SINDICATOS FILIADOS, EM CONJUNTO COM AS AUTORIDADES TRABALHISTAS, ESTÁ LEVANDO SEGURANÇA AOS TRABALHADORES NO AMBIENTE DE TRABALHO!

Após uma semana de trabalho fiscalizando as condições de trabalho no frigorífico Marfrig, unidade localizada na cidade de Bagé - RS, a força tarefa composta por integrantes do MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, MPT - Ministério Público do Trabalho e CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, interditou diversos setores daquela unidade industrial por descumprimento da legislação trabalhista, com destaque a NR 36, por ficar constatado risco iminente a saúde e a integridade física de trabalhadores e trabalhadoras da empresa.
A fisioterapeuta Carine Benedet, profissional contratada pela CNTA para assessorar a equipe formada por fiscais e procuradores do trabalho, o descumprimento a norma regulamentadora 36 ficou evidenciado, sendo necessário uma adequação imediata da empresa para que a saúde e segurança dos trabalhadores não sejam comprometidas.
Para Luiz Carlos Cabral Jorge, presidente do STIA Bagé, que acompanhou os trabalhos da força tarefa, não foi surpresa a interdição de diversos setores, uma vez que vários problemas encontrados foram alvos de reiteradas denúncias as autoridades bem como de pedidos de providências a empresa por parte da entidade sindical.

-Por diversas vezes encaminhamos as reclamações dos trabalhadores sem que a empresa tenha tomado providências, O seminário de saúde que realizamos aqui na cidade, em conjunto com a nossa Confederação e com as autoridades trabalhistas mostra que a empresa não foi pega de surpresa, apenas preferiu ignorar as denúncias, públicas inclusive, pois quem esteve no nosso seminário ouviu relatos desses mesmos problemas constatados in loco pela força tarefa. Destacou Cabral!
Segundo o coordenador político da CNTA no estado, Darci Pires da Rocha, fica difícil entender porque as empresas preferem chegar ao ponto de terem unidades industriais interditadas a tomarem providências para resolver os problemas, quando são comunicadas ou mesmo alvo de denúncia, uma vez que elas preferem ignorar os apelos dos trabalhadores.
-Quem lê a notícia pela imprensa, pode pensar que os empresários do setor industrial da carne estão sendo vítima de pessoas que tentam impedir a produção industrial sem dar chance as empresas de se adequarem a legislação. Mas Bagé, assim como Alegrete, Pelotas e São Gabriel, no caso das empresas de carne bovina, foram testemunhas de muitos anos da luta e do esforço do sindicato local, com o companheiro Cabral e sua diretoria, assim como dos demais sindicatos de trabalhadores da alimentação das cidades citadas, para que trabalhadores e trabalhadoras tenham o direito a trabalharem em um local sem que suas saúdes e integridades físicas estejam constantemente sobre ameaça.

Aqui na cidade de Bagé, foi feito um trabalho de pesquisa em parceria com a UFRGS, em 2007 intitulado "Projeto Alerta, onde fizemos audiência pública na Câmara de Vereadores para denunciar os problemas através do diagnóstico levantado. A luta desse grupo juntamente com a CNTA levou a criação da NR 36 que estabeleceu prazo para que as empresas se adequacem a legislação de saúde e segurança do trabalho até a sua entrada em vigor. Tivemos em 2014 um seminário público aqui mesmo em Bagé onde a comunidade bageense participou e mostrou que conhecia bem os problemas que a anos estamos denunciando. Lamentavelmente a empresa se esquivou de debater, de ouvir os trabalhadores quando convocada em muitas audiências que promovemos no Rio Grande do Sul, e em Brasília, agora terá que se adequar, por força do brilhante trabalho dessa força tarefa da qual nossa Confederação é parceira desde os primeiros trabalhos que começou nas indústrias frigoríficas avícolas. Falou Darci!

Por: Luiz Araújo

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