terça-feira, 23 de julho de 2013

NÃO TEM TEMPO RUIM!

APESAR DO FRIO, TRABALHADORES, CNTA E SINDICATOS FILIADOS DÃO UM "SACODE" NA MARFRIG E A CHAPA ESQUENTA COM A TIRADA DE ESTADO DE GREVE!
Aconteceu agora pela manhã, em frente ao Pampeano, frigorífico pertencente ao grupo Marfrig, na cidade de Bagé.
Convocada pela CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins e Sindicatos filiados, foi realizada uma assembléia com os trabalhadores e trabalhadoras daquela unidade frigorífica onde foi apresentado a proposta patronal do representante da empresa, cujo reajuste é de 7.5% .
A proposta que ainda tem outras cláusulas foi rejeitada pelos trabalhadores que, diante do impasse das negociações resolveram pela aprovação do estado de greve por ampla maioria de votos.
O coordenador político da sala de apoio da CNTA, Darci Pires da Rocha avaliou que a proposta apresentada pela Marfrig está muito distante das pretensões dos trabalhadores assim como da realidade da conjuntura econômica das negociações que vem sendo fechadas no ramo da alimentação do Rio Grande do Sul.
-Diante da intransigência do representante da empresa em evoluir na sua proposta para os trabalhadores a CNTA juntamente com os sindicatos de trabalhadores nas indústrias da alimentação de Alegrete, Bagé e São Gabriel, contando com o apoio de diversas entidades de trabalhadores de todo estado, estará realizando assembleias, colocando a proposta atual e deixando os trabalhadores decidirem que caminho quer que suas lideranças sigam. Afirmou Darci!
Não tenho nenhuma pretensão de ensinar o "Pai Nosso ao vigário", mas acredito que a direção da empresa Marfrig está fazendo uma leitura errada da conjuntura atual, afinal os parâmetros estabelecidos pelos trabalhadores não são descabidos, está dentro daquilo que o setor da carne tem acordado em 2013 no Rio Grande do Sul e que, por tanto, não estará penalizando a empresa Marfrig, mas a colocando em pé de igualdade com sua concorrência.
Insistir em uma proposta tão inadequada, em um momento de indignação tão grande dos trabalhadores, cujo histórico de baixa renda, com jornadas de trabalhos extensas e condições inadequadas de produção se somam aos milhões de protestos que se espalharam pelo Brasil, é buscar um confronto gratuito e desnecessário. Mas se é isso o que a empresa quer, ela que reflita bem, pois como essas imagens demonstram, trabalhador não tem medo de tempo ruim.

Por: Luiz Araújo com a colaboração do stia Alegrete e stia Camaquã!

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