Aconteceu no dia de ontem, 11 de julho de 2013 o movimento geral convocado pelas Centrais Sindicais e pelo movimento social organizado que levou a reivindicação dos trabalhadores as ruas e parou o Brasil.
Acompanhando todo esse trabalho, o coordenador político da sala de apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Industrias de Alimentação e Afins, Darci Pires da Rocha, percorreu as ruas de Porto Alegre e registrou o ato de reivindicação e a adesão geral da massa trabalhadora.
FINALMENTE!
A muito tempo o descontentamento da massa trabalhadora com os privilégios concedidos aos empresários já se fazia sentir dentro dos portões das fábricas, tanto que o tema da campanha salarial 2013 da CNTA no Rio Grande do Sul aborda justamente esse sentimento, ou seja, de que é um erro buscar a saída para qualquer crise privilegiando as empresas e deixando de lado as pessoas, e que está mais do que na hora do trabalhador receber a sua parte.
O resultado disso é o que tem sido visto no Brasil, pessoas insatisfeitas, e nem poderia ser diferente, já que tanto os estudantes que reivindicam transporte público gratuito e de qualidade, quanto a população em geral com todas as suas queixas, vivem do bem estar proporcionado pelo rendimento de quem trabalha, o problema é que esse rendimento nunca supriu todas as necessidades porque no Brasil nem mesmo o salario mínimo constitucional é cumprido.
O GIGANTE ACORDOU
Talvez a maior prova que o gigante povo brasileiro "acordou de fato" está nos protestos, porque até então, a mídia e os empresários, enquanto seus representantes governaram o Brasil, sempre colocaram no indivíduo a culpa de uma vida de privações, afinal, era o pouco estudo, a pouca qualificação, etc, o que levava pessoas a não dispor de serviços essenciais de qualidade, já que para a mídia dos capitalistas, bom transporte é carro particular, boa saúde é plano privado, bom estudo é escola paga, e por aí vai. As famílias não criticavam o indivíduo, pois como criticar o pai e a mãe, por exemplo, por ter nascido pobre ou por permanecer pobre mesmo se matando de tanto trabalhar? Então a revolta, principalmente da juventude, se dava contra a sua própria condição social!
Aí alguém que nunca fez parte da elite sobe ao poder, e a mídia capitalista muda inteiramente o discurso, o que antes era culpa do indivíduo passa a ser culpa da incompetência governamental e brada isso pelos jornais, rádios e teves. Se em determinado momento a mídia atinge o governo, por outro lado ela também mostra pra população que o fato de nascer pobre não é o que faz ele não ter transporte, saúde, educação e segurança de qualidade, mas são decisões tomadas, todos os dias, por políticos nas esferas municipais, estaduais e federais, e são eles que escolhem se dar incentivo pra papeleiras, montadoras, grandes corporações é mais importante do que melhorar salários, dar aposentadorias decentes.
E como os políticos são diretamente influenciados, os capitalistas usam suas armas para que eles tomem decisões que lhes sejam favoráveis, qual sejam, dinheiro e a mídia, o que inclui entrevistas, revistas, lobistas, vig....e um monte de outros "istas"! Já o povão, dispõe de duas armas, o voto e a pressão nas ruas e agora está usando as duas de uma forma fantástica!
E que bom que o movimento sindical ontem disse para todo o Brasil..." Tô dentro!"
Por: Luiz Araújo
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