segunda-feira, 22 de abril de 2013

CAMPANHA SALARIAL 2013 - A HORA DA COLHEITA!

SÃO GABRIEL TEM UM EXPRESSIVO NÚMERO DE TRABALHADORES NA ASSEMBLÉIA!

No dia 12 de abril, em São Gabriel o STIA/SG realizou às 19hs e 30 min. a Assembléia de lançamento da Campanha Salarial 2013 “À Hora da Colheita”, com a participação de um bom número de trabalhadores da categoria da alimentação que lotaram as dependências do salão de eventos do sindicato. Na oportunidade foram apresentadas e discutidas as propostas contidas na pauta de negociação. 
Após foram aprovadas as reivindicações contidas na pauta, o Reajuste de 13% (reposição da inflação+crescimento do setor+diferença não atendida em 2012; Piso único de R$ 1.000,00 (pela recomposição do poder aquisitivo do piso, visando atingir no mínimo 50% do salário mínimo constitucional calculado pelo DIEESE); Auxilio Escolar, um piso da categoria; Indenização de cinco dias por ano, como compensação dos meses de 31 dias; Redução da jornada de trabalho, de 44 horas semanais para 40 horas semanais; Exames específicos para mulheres (câncer de mama, colo do útero e outros); Saúde do trabalhador, pausas intra jornadas para redução de acidentes e doenças profissionais. 
Entre os trabalhadores participantes da assembléia foram sorteadas 30 cestas básicas e distribuídas as camisetas e bonés da campanha salarial.
Por: Gaspar Neves

sexta-feira, 19 de abril de 2013

COM "PISTAS", "ALERTAS" OU "TEIAS" O RAMO DA ALIMENTAÇÃO PAVIMENTOU O CAMINHO QUE LEVOU A NR 36!

PROJETOS EM PARCERIA COM UNIVERSIDADE FORAM O SALTO DE QUALIDADE DAS AÇÕES SOBRE SAÚDE DOS TRABALHADORES EM FRIGORÍFICOS!

Momentos de vitória como esse em que o Ministério do Trabalho acaba de assinar a NR 36 - a norma regulamentadora das condições de trabalho e saúde do setor frigorífico, após muitos anos de luta, são raros na vida da classe trabalhadora.
Raros, primeiramente, porque vivemos em uma sociedade capitalista, por tanto, valorizar o lucro acima do bem estar humano é o mais comum e não ao contrário; Segundo porque a NR 36 é um legado para a posteridade, ou seja, um conjunto de regras de proteção que ficará para as gerações operárias futuras; Terceiro porque esse não foi um ato isolado oriundo de um decreto de algum Presidente populista, de um projeto de lei de algum político "iluminado", ou de qualquer pessoa isolada, por mais que nessas horas sempre apareça quem se intitule "pai da criança".
A verdade é que a NR 36 é fruto de uma construção coletiva, de muitas iniciativas que inicialmente eram pulverizadas, mas que começaram a se somar, a medida em que se tornavam mais altos os gritos de dor e desespero de milhares de trabalhadores adoecidos e mutilados por um processo produtivo perverso, ou mesmo o choro dos familiares das vítimas do "ganhar dinheiro a qualquer custo" custo esse, que foram as vidas de tantos homens e mulheres trabalhadores da alimentação.
E sem dúvida, uma das iniciativas que contribuíram sobremaneira para esse momento foi a parceria estabelecida entre o movimento sindical da alimentação e o mundo acadêmico que produziu projetos como o PISTA, o ALERTA e o TEIAS, não só pelo fato de gerar dados estatísticos quantitativos e qualitativos sobre os alarmantes índices de doenças, acidentes e maus tratos dentro das indústrias frigoríficas, através de pesquisas feitas com operários em várias regiões do estado, que trouxeram, por exemplo, a compreensão de que não adiantava diagnosticar e medicar o ser humano, enquanto o processo produtivo continuasse adoecendo, mutilando e até matando. Esses projetos, elaborados pelo ramo da alimentação gaúcho e pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul ousaram levar esses dados e essas conclusões para espaços de debates da sociedade, como Câmaras Municipais, a Assembléia Legislativa Gaúcha e o Congresso Nacional e com isso, chamaram a atenção de políticos e autoridades como fiscais, promotores e juízes do trabalho, que passaram a contar com um subsídio qualificado para pautarem seus trabalhos e isso levou esse debate a um novo patamar, pois nem mesmo os empresários puderam ignorar a gravidade do quadro que se apresentava.
Lembro de relatos de empresas que, inicialmente, reagindo contra os números apresentados nos referidos projetos encomendaram pesquisas próprias com o intuito de divulgarem um contraponto, mas não o fizeram por constatarem a exatidão do trabalho; Médicos e fiscais do trabalho que deram depoimentos em que, com os dados dos projetos em mãos, comprovaram "In Loco" a seriedade das denúncias; Lembro ainda as expressões de incredulidade e a comoção causada em muitos políticos depois de ouvirem depoimentos das verdadeiras barbáries cometidas nas linhas de produção. Poderia aqui falar de preconceitos e de boicote aos projetos dentro do próprio movimento sindical e nada disso deteve os efeitos de uma decisão que hoje se evidencia acertada.
Ao ramo da alimentação gaúcho, entidades e trabalhadores, desde aqueles que contribuíram financeiramente, como os que participaram ativamente das pesquisas, assim como todo o pessoal que desde 2005 esteve presente de alguma forma nesses projetos como o Professor Paulo Albuquerque, Daniela, Marcelo e Francesco, pela parte acadêmica, o reconhecimento! Não que vocês sejam autores de nada, longe disso, mas vocês foram parte ativa de algo que vai significar um pouco mais de respeito e dignidade a homens e mulheres de uma atividade profissional tão difícil.
Evidente que nenhuma lei ou norma apenas no papel tem esse poder. A assinatura da NR 36 só produzirá efeitos plenos pela vigilância constante e pela cobrança inflexível dos sindicatos e das autoridades da sua execução por parte das empresas; Por outro lado, só o fato dela existir, nos faz acreditar que servirá de parâmetro a outras categorias a quem o processo produtivo igualmente tem flagelado.
Esses projetos não são a história da NR 36, mas parte dela! E grande ou pequena é sempre bom ser parte da história.
Por: Luiz Araújo

NR 36 - UMA GRANDE VITÓRIA DOS TRABALHADORES!


Trabalhadores de frigoríficos comemoram assinatura de Norma Regulamentadora

Após assinatura do Ministro do Trabalho, Manoel Dias, na manhã desta quinta (18/4), CNTA Afins pede mais fiscalização ao MTE e quer a retomada de negociação com a CNI para avaliar a implantação da NR 36 e a busca de um piso salarial nacional para o setor


Representantes de entidades patronais e profissionais da Alimentação participaram na manhã desta quinta (18/4) de ato para assinatura da Norma Regulamentadora n° 36 no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A nova regulamentação irá mudar a realidade de cerca de meio milhão de trabalhadores no setor frigorífico, a partir da adoção de novos critérios que preveem a melhoria das condições de saúde e segurança nas indústrias, como adaptações estruturais e concessões de pausas. Representante nacional da categoria quer a retomada de negociação do piso salarial nacional para o setor e categoria em geral junto à Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na ocasião, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) entregou em mãos ao ministro, ofício que pede explicações do governo quanto à falta de contrapartida social do BNDES em relação aos empréstimos e/ou participação nas empresas, sobretudo, frigoríficos como JBS, Marfrig e Brasil Foods.

Segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o documento deve servir de exemplo a outros setores da economia e contribuir com o aumento da produtividade nas indústrias frigoríficas. No período de 2008 a 2010 foram registrados mais de 61 mil acidentes no setor.

"Quero na minha gestão usar esse modelo (Comissão Tripartite de Trabalho), que resultou no trabalho onde patrões e empregados, com competência, discernimento e espírito público, souberam encontrar uma saída. O ato de hoje serve de modelo e exemplo para outros setores da economia. É fundamental para os trabalhadores que seja preservada sua saúde especialmente. Até porque nessa máquina, sem saúde não se produz. Todos ganharão, tanto empregados quanto trabalhadores.", declarou.

Mais fiscalização

Para o presidente da CNTA Afins, Artur Bueno de Camargo, a nova regulamentação significa uma ferramenta a mais de combate à precarização no trabalho. No entanto, Bueno pede mais estrutura nas subdelegacias regionais do trabalho e nos postos do MTE, com fiscalização permanente. Os trabalhadores também querem a retomada da negociação do piso salarial nacional para o setor frigorífico e categoria da Alimentação em geral junto à CNI, paralisada em 2011 para conclusão da NR 36. Entidade cobrou urgência da publicação do documento via ofício ao MTE na última semana.

"Temos acompanhado através das entidades sindicais a ocorrência constante dos acidentes de trabalho nesse setor, sobretudo, na atividade de desossa, onde o esforço repetitivo é muito grande. Conquistamos uma ferramenta de trabalho que precisa de todo o apoio do MTE no sentido de ampliar a fiscalização nos postos de trabalho", avalia.

Na ocasião do encontro, a CNTA Afins entregou em mãos ao ministro do Trabalho um ofício (protocolado na última semana) em que pede explicações do governo quanto à falta de contrapartida social do BNDES em relação aos empréstimos e/ou participação nas empresas, sobretudo, frigoríficos como JBS, Marfrig e Brasil Foods.

"Senhor Ministro, temos cobrado do BNDES maior empenho na exigência da manutenção dos empregos pelas empresas que obtém ajuda do banco, mas precisamos do auxílio deste conceituado Ministério, para fazermos com que a palavra S (social) do BNDES prevaleça e possamos garantir o emprego dos trabalhadores, para fazermos justiça social.", diz o texto.

Acidentes e impacto financeiro

Segundo dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), fornecidos pelo pesquisador Paulo Rogério Oliveira, coordenador-geral de Politicas de Combate a Acidentes de Trabalho do Ministério da Previdência Social, dos 70 mil benefícios mantidos pelo INSS, entre 2000 e 2008, envolvendo transtornos dos tecidos moles (conjuntivo, epitelial e muscular), 1.017,38 foram destinados ao setor de abate de bovinos e 1.229,18 às avícolas. Esse número representa 3,53% afastamentos a mais do que a média nacional de outros setores, e até 4,26% quando diz respeito ao abate de aves e outros pequenos animais. Dados mais recentes do número total de acidentes de trabalho envolvendo o setor frigorífico em geral no período de 2008 a 2010 registraram mais de 61 mil acidentes, sendo 22.654 no setor bovino e 38.520 em avícolas.

Sobre o investimento no setor, a advogada trabalhista Rita de Cássia Vivas, assessora jurídica da CNTA Afins, avalia que além de melhorar as condições de trabalho e a produtividade nas empresas, a iniciativa irá contribuir ainda para economizar o gasto dos cofres públicos em relação aos afastamentos pelos INSS. “Toda sociedade, neste momento, deve se unir visando à redução ou, se possível, até mesmo a eliminação por completo dos acidentes de trabalho, haja vista que as perdas ocasionadas em casos de acidentes não se restringem ao âmbito familiar, porquanto repercutem no erário com o custo elevado de concessão de auxílios acidente e aposentadorias por invalidez. Esses acidentes, assim, afetam o PIB e contribuem por elevar o impacto econômico.”, argumenta.
Por: Clarisse Gulyas

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O BNDES TEM FINALIDADE SOCIAL?


Artur Bueno de Camargo (*)


                        Com o objetivo de alavancar a economia brasileira e proporcionar bem estar social, foi criado o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), sendo que a maior parte de sua receita é verba oriunda do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), portanto recurso do trabalhador!
                        Este banco estatal tem investido em grupos de empresas de várias formas, seja com participação em ações ou através de empréstimos a juros bem mais baixos do que aqueles oferecidos no mercado.
                        Quanto aos empréstimos, para que as empresas possam expandir seus negócios, melhorar seus equipamentos, a fim de proporcionarem mais empregos com melhor qualidade, não vemos qualquer problema.
                        Mas, a participação do banco estatal é dirigida pelo Governo, mesmo porque ele (Governo) é o dono.
                        Em empresas capitalistas que têm como finalidade o seu lucro, a qualquer custo, a exemplo da JBS S/A, que é o maior grupo de frigorífico bovino no Brasil, as condições de trabalho são precárias e vêm causando grande número de acidentes e doenças ocupacionais, e vejam, o Governo Federal é sócio destas empresas!
                        Temos enfrentado estes problemas e cobramos tanto do BNDES quanto do Ministério do Trabalho, maior rigor na fiscalização dos compromissos de contrapartida social das empresas, mas não temos logrado êxito.
                        O maior avanço que obtivemos foi através de uma mobilização que fez com que os representantes do setor de frigoríficos aceitassem criar uma comissão tripartite (bancada dos trabalhadores, empresas e governo), para discussão e elaboração de uma norma regulamentadora (NR) para o setor.
                        Demorou 2 (dois) anos para chegar a um consenso e a NR nº 36, do setor de frigoríficos está pronta desde dezembro de 2012, mas, até agora o Ministério do Trabalho não a publicou, no Diário Oficial da União, para que passe a vigorar em todo o território nacional.
                        É importante ressaltar que muitas empresas que utilizam linha de crédito do BNDES, com a intenção de fazer fusões no futuro, vão reduzindo os seus quadros de empregados e, quando conseguem a concretização da fusão, iniciam uma nova ofensiva contra os trabalhadores, com fechamento de unidades e com demissões em massa, sem se importarem, inclusive, com a situação da saúde destes trabalhadores, ou melhor, da falta de saúde deles, causada pelas péssimas condições de trabalho nestas mesmas empresas.
                        Quem não se lembra da famosa fusão da Brahma e Antarctica? Eram dois grupos concorrentes no mercado de cervejas e formaram a AMBEV e onde havia 1 (uma) fábrica de cada empresa, 1 (uma) delas foi fechada. Isto também ocorreu com as distribuidoras das marcas. Isto causou a perda de vários de postos de emprego, colocando na rua milhares de trabalhadores.
                        Apesar de tudo isto, nós vamos continuar a cobrar das empresas e do Governo o cumprimento dos seus deveres e de suas responsabilidades sociais, afinal, a classe trabalhadora é aquela que “leva nos ombros” este país.


(*) Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (CNTA) e vice-presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo.

terça-feira, 9 de abril de 2013

CNTA ESTEVE PRESENTE!


            
               A primeira assembléia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região para debater as propostas da campanha salarial  2013/2014 na região reuniu dezenas de trabalhadores, no salão Danéris, em Hulha Negra .
No encontro, os trabalhadores do Marfrig/Pampeano, padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos aprovaram a pauta participativa. A assembléia teve a presença do coordenador da Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação e Afins (CNTA), Darci Pires da Rocha. "Foi uma participação excelente e agora esperamos a participação da categoria nas mobilizações que formos realizar nas próprias empresas", reitera o presidente do Sindicato, Luiz Carlos Cabral.
           
Entre os itens aprovados estão a proposta de reajuste salarial na faixa de 13% (referente à reposição da inflação, crescimento do setor e diferença não atendida em 2012), piso único de R$ 1 mil, redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, pausas intra-jornadas visando à redução de acidentes e doenças profissionais, auxílio escolar no valor de um piso da categoria, indenização de cinco dias por ano (para compensar os meses com 31 dias), além de exames específicos para mulheres, como câncer de mama e colo do útero. Uma novidade foi a aprovação da proposta de aquisição de uma área, pelo sindicato, para criação de uma subsede do STIA em Hulha Negra. 

           
No dia 13 de abril acontece a segunda assembléia, desta vez reunindo trabalhadores de Bagé e Aceguá. A atividade ocorre a partir das 16h, no ginásio do Sindicato, na avenida São Judas Tadeu, 853, para os setores de carne (frigoríficos), padarias, engenhos, laticínios e outros. Haverá distribuição de brindes. “Precisamos do comparecimento dos trabalhadores porque só assim poderemos ampliar conquistas”, ressalta Cabral.

Por: Emanuel Muller

sexta-feira, 5 de abril de 2013

APROVADOS COM LOUVOR!

MOVIMENTO ESTUDANTIL DE PORTO ALEGRE, COM APOIO DA POPULAÇÃO, ESCREVE UMA BELA PÁGINA NA HISTÓRIA DE LUTAS DO RIO GRANDE DO SUL!
É pra tirar o chapéu e bater palmas mesmo! 
foto: vinicius costa/futura press
Apesar da força do poder público municipal aliado aos empresários do setor de transporte com amplo respaldo da grande mídia, o movimento estudantil manteve os protestos, conseguiu a adesão da população e isso foi decisivo para sensibilizar uma esfera judicial a dar decisão favorável ao povo, ainda que de maneira parcial, já que o aumento de R$ 2,85 para R$ 3,05 está suspenso até o julgamento do mérito.
foto: vinicius costa/futura press
No dia de ontem, mesmo embaixo de chuva, uma multidão comemorou a decisão em frente a Prefeitura de Porto Alegre.
Para quem ainda não entendeu, estamos falando do aumento abusivo das passagens de ônibus da capital gaúcha, que causou revolta nos estudantes, os quais os meios de comunicação tentaram transformar em "bandidos" e "baderneiros", enquanto o Prefeito e os empresários do setor rodoviários nada mais eram do que "vítimas" e reféns de circunstâncias que os "obrigaram" a esse aumento, não sem antes a grande mídia fazer questão de ressaltar "tudo feito dentro da lei e da ordem" e obedecendo os mais puros princípios democráticos.
Por falar em democracia, para quem ainda não aprendeu o que significa "democrático" para a grande mídia e para os detentores do poder, sejam eles políticos, empresários, banqueiros, etc, aqui vai uma aula de graça: "Democrático" é todo o ato em que se impõe a vontade dos poderosos, ainda que para convencer o povo,  se tenha de usar, até mesmo, a força física. Para "eles" toda vez que a maioria da população não concorda com os "donos do poder" e manifesta isso, não se trata de um ato democrático e sim de ignorância coletiva. Sabe como é, gente que vive reclamando por qualquer bobagem, em vez de procurar o que fazer, sai pra rua a atrapalhar quem quer trabalhar e nem reconhecem tudo o que os políticos fazem de bom pro povo, etc, etc, etc! Como já disseram alguns comediantes...ainda bem que os estudantes devem usar "AVON", porque assim eles podem falar pra mídia, pro Prefeito e pra quem mais merecer..."AVON pro inferno"!
O importante é que esse exemplo deixou várias lições - Aos políticos: Vocês não foram eleitos para impor suas vontades, mas para lutar para que a vontade do povo seja respeitada (justiça seja feita, alguns até mostraram que sabem disso), pois quem acha que a vontade do povo é impossível de ser feita, na verdade é apenas incompetente demais para.encontrar a solução ; A grande mídia: Como bem o disse Chico Buarque,... "Apesar de vocês, amanhã há de ser outro dia!"; Aos adesistas de governos: Quem luta ao lado do povo não faz o "Jogo da direita", apenas faz o que é direito!
Por: Luiz Araújo

SITUAÇÃO INDIGESTA!

CERCA DE 50 TRABALHADORES DA JBS DE PASSO FUNDO PASSAM MAL APÓS REFEIÇÃO NA EMPRESA!


Segundo informação recebida pelo Boletim Informativo através do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Passo Fundo, cerca de 50 trabalhadores sentiram-se mal após consumir a refeição oferecida pela Empresa JBS Frangosul daquela Cidade.
Miguel Luis dos Santos, Presidente da entidade, o sindicato entrou em contato com a empresa que confirmou o ocorrido e disse que amostras da refeição foram remetidas para análise para averiguar as causas do problema.
Ainda de acordo com Miguel, o STIA Passo Fundo estará acompanhando de perto a situação dos trabalhadores afetados e o resultado do exame, mas que não existe notícia de nenhum caso de maior gravidade.
Por: Luiz Araújo

quarta-feira, 3 de abril de 2013

AZEDOU A RESPONSABILIDADE SOCIAL!

MESMO RECEBENDO DINHEIRO PÚBLICO, EMPRESAS DEMITEM TRABALHADORES AO INVÉS DE GERAR EMPREGO E RENDA!

Está virando moda! As empresas que sempre foram defensoras do livre mercado e do "Estado Mínimo", sempre que precisam "esquecem" de suas convicções e procuram a ajuda do Estado para que o dinheiro público as ajudem a sair das dificuldades.
O que todas elas tem em comum? Simples! Todas alegam que com o aporte de recursos financeiros das esferas governamentais (União, Estados e Municípios) elas serão capazes de aumentar a produção, expandir seus negócios e com isso gerar emprego e renda, o que em última análise, seria o mínimo que qualquer agente público ético exigiria como contrapartida para colocar dinheiro público em um negócio privado!
Ocorre é que assim que o aporte de recursos financeiros entra nos cofres empresariais, em pouco tempo as promessas de geração de emprego e renda são substituídas por fechamentos de fábricas, concentração de produção e demissão sumária de trabalhadores sem o mínimo pudor,  e tudo em nome de "dificuldades sazonais", "ajustes logísticos", "pouca competitividade", "crises" e por aí vai!
Sempre que isso ocorre, a grande mídia esmerasse em "explicar" o quanto essas medidas são necessárias e os argumentos são tão conhecidos como surrados, tais como "custo Brasil", "falta de infra-estrutura", "carga tributária", "crise global" e etc. e exemplos para isso não faltam, como os casos da AMBEV, BRF - Brasil FOODS, para falar só do ramo da alimentação. O que a mídia nunca explica é: será que os empresários  não sabiam dessas dificuldades antes de prometerem gerar emprego e renda em troca do dinheiro? E os agentes públicos ( Governos, BNDES, etc) não fizeram nenhum estudo antes de investirem bilhões em negócios que nem sequer respeitam a responsabilidade social que assumem?
Pois é, isso está acontecendo com a LBR - Empresa Lácteos Brasil e a Marfrig Group, na área de frigoríficos bovinos!
Um ponto em comum? As duas receberam aportes bastantes substanciais de dinheiro público, seja em dinheiro diretamente investido através do BNDES, seja através de renúncias fiscais do Estado, que, segundo fontes da própria mídia, a quantia chega a alguns "bilhões" de reais entre as duas.
Outro ponto em comum? A mesma falta de respeito social, demitindo trabalhadores e fechando unidades produtivas sem qualquer aviso, sem negociação com as entidades representativas e sem a mínima preocupação com o transtorno social que causa aos municípios onde essas pessoas trabalham e onde suas unidades estão instaladas.
Segundo Pedro Mallmann, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Estrela e Região, cuja entidade representa os trabalhadores da LBR de Fazenda Vila Nova, onde 84 trabalhadores foram demitidos, a atitude da empresa é lamentável, já que nem sequer procurou a entidade para negociar, e ainda fala em pagar parceladamente as rescisões.
No caso da Marfrig esse tipo de atitude tem sido uma prática recorrente, ela fecha unidades produtivas como no caso de Capão do Leão (900 trabalhadores demitidos desde que começou o processo de fechamento), ou demite sumariamente sem qualquer aviso prévio como no caso do Frigorífico de São Gabriel (160 trabalhadores até o momento do fechamento da matéria), o que nem de longe é a atitude mais "estranha" da Marfrig, já que ela gastou muito dinheiro para adquirir unidades da SEARA em Roca Sales, para imediatamente fechar linhas de produção e demitir centenas de trabalhadores em muito pouco tempo! E teria feito mesmo com uma unidade adquirida em uma troca de ativos com a BRF em Bom Retiro do Sul, não fosse a resistência dos trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Estrela e da CNTA.
Para o coordenador político da sala de apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins para a região sul, Darci Pires da Rocha, chegou a hora da sociedade tomar conhecimento e debater a atitude dessas empresas e o uso que está sendo feito do dinheiro público!
-Procuramos a Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio do Deputado Estadual Catarina Paladini, para que possamos realizar uma audiência pública para tratar do caso Marfrig aqui no Estado, uma vez que, em que pese todos os esforços de governos e dos trabalhadores, as atitudes da empresa não mudam, e a falta de respeito com trabalhadores chega as raias do absurdo. Está na hora das autoridades tomarem uma decisão se vale mesmo a pena continuar investindo dinheiro público sem a mínima responsabilidade social, pelo contrário, na mão desses empresários, o dinheiro público tem se tornado uma arma contra a própria população. Afirmou Darci!
Gaspar Neves, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de São Gabriel questiona as atitudes da Marfrig.
-Mesmo recebendo incentivos fiscais eles demitem e não querem nem saber se estão causando problemas sociais, afinal, trata-se de um grande grupo industrial, o que atrai profissionais ou fazem pessoas se qualificar nesse ramo, daí se a empresa demite assim, sem aviso, frustrando a expectativa que ela gera ao se instalar em um Município, ela cria um caos social e um grande prejuízo a economia local! disse Gaspar!
Com relação a LBR, o Presidente da CNTA - Artur Bueno de Camargo procurou agir imediatamente uma vez que as demissões da empresa ocorreram em várias Cidades.
Em comunicado que chegou ao Boletim Informativo, Artur estará em reunião com representantes da empresa no dia de hoje, na Cidade de São Paulo e com representantes do BNDES no dia 05 de abril, no Rio de Janeiro, onde essas demissões de uma empresa que recebeu tanto aporte financeiro público serão questionadas.
Por Luiz Araújo