quinta-feira, 26 de junho de 2014

CAMPANHA SALARIAL DA ALIMENTAÇÃO EM BAGÉ!

PRIMEIRA RODADA PARA SETORES DA PADARIAS, ENGENHOS, LATICÍNIOS E PEQUENOS FRIGORÍFICOS TERMINA SEM ACORDO!

No último dia 24 houve a primeira reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) com representantes do sindicato patronal em relação ao Dissídio Coletivo/2014 para os setores de padarias, engenhos, indústria de laticínios, frigoríficos (exceto Pampeano e Marfrig/Bagé) e outros.  
O tema principal foi o reajuste de salários, já que a data-base da categoria é 1º de junho. 
Os trabalhadores pedem um reajuste salarial na faixa de 13% nos salários e um piso salarial de R$ 1.200,00. As empresas ofereceram 7% de reajuste geral para os salários e no piso salarial. 

O vice-presidente do STIA/Bagé, Cláudio Gomes Gonçalves, ressalta que no momento de os empregadores reajustarem os salários, apresentam alegações como excesso de carga tributária, que a economia global está em baixa, que os salários estão altos e que as empresas estão fechando.

Nosso contraponto é que se empresas fecham não é pelo salários pagos ao trabalhador, mas sim por outras razões, pondera Gonçalves. 
Uma nova reunião ficou agendada para o dia 1º de julho. "Esperamos que a classe patronal avance, principalmente nos percentuais de reajuste, e valorize a sua mão de obra", assinala o vice-presidente. 
Por: Emanuel Muller

terça-feira, 24 de junho de 2014

80 ANOS DE HISTÓRIA EM DEFESA DA CLASSE TRABALHADORA!

STIA Bagé comemora 80 anos relembrando conquistas dos trabalhadores!

Neste dia 24 de junho, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região completa 80 anos de história. Em 1934, durante a  primeira "Era Vargas", quando trabalhadores de todo o Brasil discutiam a necessidade de criar uma legislação que defendesse empregados nas relações com os patrões, um grupo de funcionários de empresas que atuavam junto ao setor da alimentação definiu a criação de uma entidade que defendesse os interesses da categoria. Surgiu aí o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé, em 1934. 
        Após alguns anos de fundação da entidade, ocorreu uma fusão com o  Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Bagé. A intenção foi fortalecer a classe trabalhadora, pois ambos os sindicatos representavam trabalhadores de indústrias no ramo de alimentos - padarias, engenhos de arroz, lacticínios, frigoríficos, fumo, bebidas, embutidos, congelados (fábrica de picolés e sorvetes) e fábrica de café.  A nova Carta Sindical datada de 30 de dezembro de 1976 estabeleceu o nome da primeira entidade, ficando o nome de Sindicto dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé por ser o mais antigo.
Evolução
       

Com o passar dos anos o Sindicato cresceu e passou a reivindicar melhorias para os trabalhadores. "Com muita luta, conseguimos incluir nos acordos e dissídios coletivos itens como quinquênios e salários profissionais", conta o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral. Outros benefícios surgem ao longo do tempo, como o pagamento de auxílios Creche, Escolar e Funeral; Insalubridade, Adicional de Câmaras Frias (15%), salário para os faqueiros,  pagamento de horas extras nos domingos, feriados ou dias já compensados com 100%, adicional de faca, cesta básica, ambulância para condução de acidentados e transporte gratuito para os trabalhadores.
       
Em 27 de março de 1980 o Sindicato inaugurou sua sede social própria, na Rua Melanié Granier, 157, onde presta atendimento médico e odontológico aos associados e seus dependentes, bem como conta com um salão para a realização das assembleias, palestras, conferências, além da utilização para eventos de interesse dos próprios associados. Em 6 de novembro de 1997, a entidade inaugurou o ginásio poliesportivo, na Avenida São Judas Tadeu, 853, uma estrutura com salão de eventos no andar térreo e superior, churrasqueiras, além de toda a condição para a prática esportiva.  O local leve o nome do  ex-presidente Delmar Fagundes Dias
A estrutura atual
Em 2013 o Sindicato reativou sua subsede no município de Hulha Negra, visando proporcionar aos trabalhadores daquele município a assistência oferecida na sede social de Bagé, com a vantagem de evitar o deslocamento dos associados e seus dependentes. Embora funcionando em um local provisório, a entidade agora busca a construção de uma subsede em local adquirido pelo Sindicato, proporcionando mais conforto e a oferta de serviços a centenas de trabalhadores hulhanegrenses. 
Da mesma forma, a sede social passa por melhorias constantes, com intuito de oferecer aos associados melhorias na estrutura de assistência médica, odontológica, além de convênios com diferentes empresas e um local onde o trabalhador pode se sentir em casa com aquilo que é oferecido pela entidade. 
        "Todos os trabalhadores do setor da alimentação estão de parabéns. A atuação do Sindicato é para o associado e seus dependentes, buscando não apenas as melhores condições salariais e uma boa estrutura no ambiente de trabalho, mas proporcionando atendimento, prestando serviços e buscando uma sociedade melhor", ressalta Cabral. 
Por: Emanuel Müller Jornalista MTE 9810

segunda-feira, 16 de junho de 2014

CAMPANHA SALARIAL 2014!

Rodada de negociação com a empresa Marfrig acontece em São Gabriel!


Após duas reuniões realizadas em Bagé e Alegrete, sem conseguir chegar a um acordo, está sendo realizada neste momento em São Gabriel, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação local, a 3ª reunião de negociação entre os representantes dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Alegrete, Bagé e São Gabriel, além do coordenador político da sala de apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, Darci Pires da Rocha, com os representantes da empresa Marfrig para negociação do acordo coletivo 2014/2015.
A pedida deixada em mesa na última reunião, por parte dos trabalhadores foi: reajuste de 13%, Piso Normativo Único de R$ 980,00, salário de R$ 1.050,00 para os faqueiros das unidades Alegrete, Bagé e São Gabriel. Também foram propostos o acréscimo de três quilos de charque na Cesta Básica para o Pampeano e São Gabriel, reajuste para R$ 220,00 no cartão Visa VAle para as unidades de Bagé e Alegrete.
Também estão na pauta de reivindicações a indenização do trigésimo dia do mês aos trabalhadores mensalistas como forma de indenização a cinco dias por ano; quinquênio no valor de 5% a cada cinco anos de serviço na empresa; retorno ao benefício - onde a empresa se obriga a pagar os salários e demais benefícios ao trabalhador sempre que este receber alta do INSS e não for aceito pelo departamento medico da empresa, até que o INSS venha a integrá-lo; registro do ponto conforme estabelece a legislação; adicional sobre funções diversas no valor de 50%.; redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais; recomposições salariais na rescisão – da inflação ocorrida entre a data base e o desligamento do empregado; atendimento médico à gestante - com custeio integral dos exames específicos a gestante, tais como o câncer de mama, do colo de útero e outros relevantes a do critério medico; auxílio-creche no valor de 30% sobre o salario base; Plano Hospitalar aos trabalhadores e seus dependentes, além da manutenção das demais cláusulas existentes e dos itens já acordados.
Por: Marcos Rosse.

TRABALHO DA FORÇA TAREFA!

Zero Hora 13.06.2014
Jornal do Comércio 13.06.2014
Correio do Povo 14.06.2014

Interdição Parcial da Agrosul é destaque na mídia!

Correio do Povo 13.06.2014

Por: Luiz Araújo

sexta-feira, 13 de junho de 2014

RISCO IMINENTE LEVA A INTERDIÇÃO NO CAÍ!

FORÇA TAREFA, COM PARTICIPAÇÃO DA CNTA, INTERDITA SETORES DA AGROSUL!
O frigorífico Agrosul Agroavícola Industrial S. A., de São Sebastião do Caí (município da região Metropolitana de Porto Alegre localizado a 60 km da Capital), foi obrigado, nesta quinta-feira (12/6) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a, imediatamente, paralisar máquinas e atividades da empresa. A decisão é baseada nos termos do artigo 161 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foi constatada situação de grave e iminente risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores. A interdição da indústria que abate 76 mil frangos/dia é resultado da quarta força-tarefa estadual de 2014 relativa a "Meio Ambiente de Trabalho em Frigoríficos Avícolas", realizada de terça a quinta-feira (10 a 12/6). A diligência foi organizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo MTE, com apoio do movimento sindical dos trabalhadores, do Cerest e do CREA. Durante a interdição, os 1.283 empregados da planta devem receber seus salários como se estivessem em efetivo exercício, nos termos do parágrafo 6º do artigo 161 da CLT. O cronograma de inspeções das forças-tarefas seguirá até o final do ano, com ações mensais. Em 2015, será a vez dos frigoríficos bovinos receberem a força-tarefa.
    
Com fundamento nos dispositivos legais pelas constatações in loco, ficou determinada a interdição de todos os trabalhos das seguintes máquinas e atividades: a) uma máquina torno mecânico da marca Nardini 300 IV e uma máquina esmeril sem identificação, localizados na Sala de Manutenção; b) atividades de movimentação manual de cargas dos setores de paletização do setor de expedição (paletização e entrada do túnel de congelamento) e atividade de descarga do veículo no setor de plataforma; c) atividades de embalar frango com a utilização de funis e atividade de “bater produto” do setor de embalagem secundária; d) trabalho na torre de gelo; e) atividade de abastecer a fornalha da fábrica de farinha. O MTE também embargou a obra do escritório de expedição e determinou a imediata paralisação do andaime tubular simplesmente apoiado, das instalações elétricas provisórias, das duas betoneiras e da serra circular. A documentação foi recebida pelos diretores industrial Cesar Luiz Assmann e administrativo Milton Bach em reunião da força-tarefa com a empresa no final da manhã de 12 de junho.
    As primeiras três forças-tarefas foram realizadas nas semanas de 21 de janeiro, de 18 de fevereiro e 23 de abril, respectivamente nas unidades da Companhia Minuano de Alimentos (Passo Fundo), da JBS Aves Ltda. (Montenegro) e da BRF S.A. (Lajeado). Todas ações resultaram em interdições. Como consequência, foi diminuído o excessivo ritmo de trabalho exigido pelas plantas da JBS e da BRF - dois dos maiores frigoríficos do mundo - que haviam recebido as primeiras interdições ergonômicas na história brasileira. As condições antiergonômicas - que sujeitam o corpo humano a risco de lesão grave por esforços repetitivos, uso de força, posições ou movimentos que forçam ossos, articulações e músculos de forma antinatural - conduzem a adoecimentos crônicos que podem incapacitar o trabalhador para qualquer atividade, inclusive em sua vida pessoal. As duas empresas acataram as determinações e solucionaram os problemas, removendo as causas das interdições em menos de uma semana.
Força-tarefa
    
 A força-tarefa teve participação de 21 integrantes. Pelo MPT, estiveram os procuradores do Trabalho Rogério Uzun Fleischmann (procurador-chefe adjunto), Ricardo Garcia (coordenador estadual do Projeto de Adequação das Condições de Trabalho nos Frigoríficos, lotado em Caxias do Sul), Juliana Bortoncello Ferreira (lotada em Novo Hamburgo e com abrangência em São Sebastião do Caí) e Enéria Thomazini (lotada em Santa Cruz do Sul). Pelo MTE, participaram os auditores-fiscais do Trabalho Mauro Marques Müller (coordenador estadual do Projeto Frigoríficos do MTE) e Marlon Martins (lotados em Passo Fundo) e Ricardo Luis Brand (lotado em Caxias do Sul). O grupo foi assessoro pela fisioterapeuta Carine Taís Guagnini Benedet (de Caxias do Sul) e pelo engenheiro de segurança do Trabalho Glenio Pinós Teixeira (de Erechim).


    A ação também foi acompanhada pelo movimento sindical. Estiveram presentes o dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins para a região Sul (CNTA-Sul), Darci Pires da Rocha; o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul (FTIA/RS), Valdemir Corrêa; e integrantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (STIA) de São Sebastião do Caí: Altair da Câmara Nunes, Adalberto Alexandre Machado e Mauri Coelho.
    Pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) Canoas-Vale dos Sinos, formado há um ano, estiveram a coordenadora Marta Boeck, o enfermeiro do Trabalho Cleber Brandão, a técnica em enfermagem Jéssica Lais Costa Pedroso e o agente de fiscalização Marcelo Barcellos Von Marées. Pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS), participaram os supervisores de fiscalização David Grazziotin Rosa (de Porto Alegre) e Alessandra Maria Borges (de Caxias do Sul), além do agente-fiscal Everaldo João Daronco (de Panambi). O programa televisivo Trabalho Legal, produzido pelo MPT e veiculado aos sábados, às 22h, pela TV Justiça, foi gravado no local pelos jornalistas Marcela Buzelin (editora-chefe e apresentadora) e Ailton Maximino (repórter cinematográfico) e será exibido nas próximas semanas.
Avaliações
    
O Projeto do MPT visa a redução das doenças profissionais e do trabalho, identificando os problemas e adotando medidas extrajudiciais e/ou judiciais. Para o procurador Ricardo Garcia, "a causa principal dos problemas encontrados na Agrosul é, mais uma vez, a falta de gestão de risco. A empresa negligencia o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), e os programas de prevenção são meramente formais. Há total desconhecimento por parte dos profissionais e dos trabalhadores sobre os riscos e agravos sofridos pelos empregados. E o ambiente de trabalho se caracteriza, também, pelo medo de punições e despedidas por justa causa, o que é indício de que pode estar havendo a prática de assédio moral, o que será objeto de investigação mais profunda por parte do MPT".
Sindicalistas
    
O dirigente da CNTA-Sul, Darci Rocha, avaliou como "de suma importância a força-tarefa, porque só através dela as entidades sindicais dos trabalhadores conseguem ter acesso ao chão de fábrica. O MPT e o MTE podem mudar a realidade do setor de frigoríficos, porque os sindicalistas não têm poder de autuação e interdição, ferramentas da força-tarefa. A aplicação e fiscalização da NR 36 é fundamental para a dignidade dos trabalhadores do ramo da alimentação".
    O presidente do STIA, Altair Nunes, enalteceu a força-tarefa, porque ajuda nas atividades do sindicato. "A gente fica só naquela de fazer pesquisas, receber denúncias dos trabalhadores e cobrar da empresa. A gente espera, a partir da força-tarefa, obter melhorias para o setor, como local de trabalho adequado e que aconteçam a quarta e a quinta pausas, conforme prevê a NR-36. A empresa já assinou termo de ajustamento de conduta (TAC) e não está cumprindo". A Agrosul faz três pausas de 10 minutos no próprio ambiente de trabalho, quando o mínimo são cinco pausas de 10 minutos em ambiente diferente e salúbre.
Parceiros
    
Conforme o Cerest, "o trabalho conjunto foi fundamental para a definição  de ações na área da saúde do trabalhador. Ao efetivar uma inspeção nas áreas produtivas, estando ao lado do trabalhador e observando a sua rotina, pode se fazer - de fato - um levantamento e aprimorar sobremaneira os processos de segurança. Os acidentes com trabalhadores que atuam em frigoríficos são preocupantes e os números apresentados são alarmantes. Para o Cerest, de abrangência regional, é preciso discutir, principalmente, as condições de segurança destes trabalhadores, exigir o cumprimento da Norma Regulamentadora (NR) e lutar pela redução da jornada de trabalho, a fim de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. As doenças ocupacionais, subnotificadas ou não notificadas, são outro fator importante para investigação do Cerest. A realidade é infinitamente maior do que aparece nos dados: os trabalhadores que atuam em frigoríficos adoecem pelas condições extenuantes no trabalho e o custo social é muito alto. Mas esses números não aparecem, o que dificulta o trabalho de prevenção". 
    No ambiente de trabalho, na avaliação do Cerest, há sobrecarga aos trabalhadores da Agrosul no que se refere ao ritmo na nória transportadora que, ao imprimir maior velocidade, acumula produtos na esteira, ocasionando pressão e cobrança dos supervisores. Essa pressão diária envolvendo metas a serem cumpridas afeta a integridade física e emocional dos trabalhadores, com grande incidência de problemas osteomusculares, somados aos problemas psicológicos. Há relatos de distúrbios do sono, sentimentos de desistência, ímpetos agressivos e revolta. As dores nos braços, pernas e coluna são as queixas de maior incidência. A utilização dos membros superiores em movimentos repetitivos, com utilização de facas e em um ritmo de cadência constante, elevam o risco de acidentes graves. O Cerest observou que a faixa etária dos trabalhadores é muito jovem, de 22 a 30 anos, com relato de afastamento nos primeiros três meses de trabalho. Para a saúde mental, o ambiente é totalmente hostil, com privação total da criatividade e de qualquer potencialidade individual. O indivíduo está inserido na automação e passa a ser parte dela. O objetivo do Cerest é a análise desses riscos para propor melhorias nas condições de trabalho. Como os distúrbios estão relacionados sobremaneira ao ritmo de trabalho, os programas de prevenção precisam ser priorizados. A equipe do Cerest teve "percepção de temor, opressão pela insegurança, medo de ser despedido, caso faça algum relato, e dificuldade de aproximação com os trabalhadores".
   
 Para os agentes-fiscais do CREA, "esta ação integrada de fiscalização na Agrosul, se torna um 'case de fiscalização' em frigoríficos e afins, em função do aprofundamento que pôde ser feito na fiscalização e análise das atividades e documentos, verificando a efetiva participação técnica de empresas e profissionais habilitados (através do registro da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART), face aos serviços e atividades de manutenções e instalações(prediais,equipamentos, máquinas, caldeiras e vasos de pressão), laudos técnicos, inspeções e licenças, no devido cumprimento da Lei Federal 5.194/66". O CREA solicitou para a Agrosul a apresentação de documentos indicando quem é o responsável técnico pela manuteção das máquinas, do plano de prevenção contra incêndio (PPCI), do quadro técnico da empresa com a respectiva descrição sumária das atividades desenvolvidas. O prazo concedido foi de dez dias. Em caso de descumprimento, o CREA comunicará ao MPT.
Empregados
   
 Ao saberem da presença da força-tarefa, alguns trabalhadores aguardaram, no início da manhã do segundo dia, a chegada da equipe no pátio da fábrica para relatar irregularidades cometidas pela indústria. Em depoimentos tomados pela procuradora Enéria, afirmaram ter dificuldades em obter atendimento médico e aceitação de atestados. Também informaram que o trabalho é em ritmo intenso com jornada extenuante. A gestante Jéssica Letícia Rambo, 19 anos, disse ter sido despedida por justa causa, com seis meses de gravidez, porque precisou se ausentar por nove dias, devido a adoecimento. Ao retornar, a empresa não aceitou o atestado e a dispensou por abandono de emprego. Já a funcionária Cristiane de Oliveira Rodrigues, 22 anos, que está de licença médica, procurou o médico da empresa, mas não conseguiu ser atendida, tendo que procurar atendimento no hospital. Mesmo com atestado, que foi entregue em 11 de junho, a supervisora a mandou trabalhar. Também garantiu que foi trocada de setor sem justificativa da empresa. O funcionário Marcos Romano da Rocha, que concedeu entrevista na tarde anterior ao programa Trabalho Legal, comunicou à força-tarefa que acabara de ser despedido.


Texto, fotos e vídeos: Flávio Wornicov Portela (reg. prof. MTE/RS 6132) enviado especial
Publicação no site do MPT: 12/6/2014

terça-feira, 10 de junho de 2014

PROSSEGUEM AS NEGOCIAÇÕES!

MAIS UMA RODADA DE NEGOCIAÇÃO ENTRE CNTA, SINDICATOS FILIADOS E REPRESENTANTES PATRONAIS TERMINA SEM ACORDO!
Aconteceu neste dia 10 de junho, durante toda manhã na sala de apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, a reunião de negociação entre os representantes dos trabalhadores da alimentação de Alegrete, Camaquã, Estrela, Pelotas, Passo Fundo, Panificação e São Gabriel e os representantes patronais da alimentação geral, arroz, laticínios, carne, bebida, trigo, mate e padarias.
Segundo o coordenador político da sala de apoio, Darci Pires da Rocha, a reunião teve uma evolução, mas ainda as propostas patronais e a pretensão dos trabalhadores estão um pouco distantes.
-Nós sabemos que negociação leva um tempo. O importante é ver a proposta patronal evoluir para números que possamos considerar passível de ser analisados, já que as primeiras propostas quase sempre vem sem qualquer tipo de percentual acima do INPC, quando não vem inferior. Nessa mesa, por exemplo, a proposta patronal teve um percentual melhor, embora ainda seja bem aquém daquilo que os trabalhadores deliberaram como um mínimo razoável para negociar. 
Esperamos que na próxima a proposta tenha uma aproximação maior, pois a cada rodada a expectativa dos trabalhadores cresce, porque são eles que ficam sem qualquer reajuste por 12 meses ou mais, enquanto a empresa tem direito a subir os preços de seus produtos, ou praticar outros atos para proteger seu poder aquisitivo, já nós, trabalhadores, ou conseguimos um bom índice na campanha salarial ou então são mais 12 meses até a próxima data base. Daí nosso cuidado e responsabilidade em bem negociar em favor dos trabalhadores, mesmo que seja necessário ter paciência. Afirmou Darci!
Por: Luiz Araújo

quinta-feira, 5 de junho de 2014

STICA NEGOCIA COM A BRF

Realizada na tarde de ontem, em Estrela, a reunião entre os representantes da empresa BRF - Brasil Foods e os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Estrela e Região - STICA. Na pauta o acordo 2014/2015. Presentes a reunião, além do presidente Pedro Mallmann, os diretores da entidade Pedro Noredi, Elton Heberle, Aiton de Castro, Sergio Schneider e Egídio Dietze.
Acompanhando a negociação, o coordenador da sala de apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, Darci Pires da Rocha.
Segundo Pedro Mallmann essa reunião com os representantes da empresa foi positiva.
-Dá para dizer que as negociações estão bem avançadas, mas ainda teremos uma nova reunião onde temos esperança de chegarmos a bom termo com o acordo desse ano. Declarou Pedro.
Por: Luiz Araújo

quarta-feira, 4 de junho de 2014

ENTIDADE FILIADA EM FESTA!

Diretoria do STIA Ijuí toma posse!


Aconteceu no último dia 30 de maio de 2014, sexta-feira, a posse da nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Ijuí e Região.
Na sede da própria entidade com a presença de um grande número de trabalhadores das diversas cidades que compõe a base do Sindicato, o Presidente Gladimir Ribeiro da Silva e sua diretoria assumiram o mandato para o triênio 2014/2017.
Representando a CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, os coordenadores da sala de apoio Darci Pires da Rocha e Luiz Carlos Costa de Araújo estiveram presentes a cerimônia, que culminou com uma bonita festa para os trabalhadores presentes e para as diversas autoridades e lideranças de outras entidades sindicais que prestigiaram o evento.
Darci Pires da Rocha, em nome do presidente da CNTA - Artur Bueno de Camargo, parabenizou a nova direção e a categoria pelo exercício democrático de escolha da nova direção.
-É sempre positivo ver uma eleição sindical, pois os trabalhadores se manifestam através da urna, elegendo novos dirigentes ou mesmo reconduzindo aqueles a que eles entendem estar fazendo um bom trabalho.
Essa entidade, como filiada a nossa confederação, contará sempre com nosso total apoio e por isso estamos aqui, para renovar diante dos trabalhadores, o compromisso da CNTA de lutar em defesa dos interesses da categoria da alimentação e da classe trabalhadora como um todo.
Desejamos ao presidente Gladimir e toda sua diretoria, sorte e um bom trabalho neste mandato que se inicia. Declarou Darci!
Por: Luiz Araújo/com fotos STIA Ijuí

terça-feira, 3 de junho de 2014

CAMPANHA SALARIAL 2014!

Patronal evolui pouco na proposta e nova rodada de negociação é marcada!

Realizada nesta manhã do dia 03 de junho na sala de apoio da CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, reunião de negociação entre a representação patronal representando os seguimentos da alimentação geral, panificação, bebidas, laticínios, carne, mate e trigo e do outro lado os Sindicatos de trabalhadores nas industrias da alimentação de Alegrete, Camaquã, Estrela, Pelotas, Ijuí e Panificação sob a coordenação de Darci Pires da Rocha.
Segundo o coordenador da CNTA, a proposta patronal apresentada foi muito aquém daquilo que buscam os trabalhadores.
-Essa foi a segunda reunião com a patronal, embora consideramos sempre a primeira meramente uma praxe. De toda forma houve uma tímida evolução por parte da patronal, que devido a distância das pretensões dos trabalhadores não seria nem sequer passível de uma discussão com o que foi autorizado em assembléia por aqueles que representamos, pois os trabalhadores determinam sempre um mínimo que consideram razoável.
Ficou marcada uma nova reunião de negociação, aqui mesmo na sala de apoio, às 10:00 hs, no dia 10 de junho de 2014. Esperamos que a patronal evolua na sua proposta, pois sempre que temos rodada de negociação os trabalhadores comparecem imbuídos do propósito de fechar um bom acordo, pois quanto mais demora, mais aqueles que sentem o efeito da desvalorização salarial são sacrificados, enquanto a empresa reajusta o preços de seus produtos a seu bel prazer. Disse Darci!

NEGOCIAÇÃO COM A MINUANO PASSO FUNDO!

Na parte da tarde, com a presença do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Passo Fundo, foi realizada uma reunião de negociação com a empresa Minuano.
Segundo o Presidente da entidade, Miguel Luis dos Santos, essa foi a primeira reunião realizada com a empresa, visando o acordo coletivo 2014/2015.
-Foi uma primeira rodada onde os representantes da empresa vieram com uma proposta inicial, muito abaixo do que pedem os trabalhadores.
Consideramos normal para uma primeira negociação, mas esperamos que a empresa melhore sua proposta para que possamos, pelo menos, aproximar com aquilo que pede os trabalhadores.
A reunião aconteceu na sala de apoio da CNTA e teve a participação do coordenador político da sala da CNTA na região sul, Darci Pires da Rocha.
Segundo Miguel dos Santos, a próxima reunião foi marcada para o dia 18 de junho, no STIA Passo Fundo, às 14:00 hs.
Por: Luiz Araújo

segunda-feira, 2 de junho de 2014

É POSSÍVEL MUDAR A REALIDADE DO AMBIENTE DE TRABALHO?

Produzir a qualquer custo X Saúde do trabalhador!

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse
foto Flavio Portela
foto Flavio Portela
No primeiro seminário de Saúde e Segurança do Trabalho - A NR 36 e os frigoríficos bovinos, realizado no dia 29 de maio, no clube Comercial na cidade de Bagé, em uma promoção conjunta dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Alegrete, Bagé, Pelotas e São Gabriel, com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - CNTA, seminário esse que contou, como palestrantes, com a participação de integrantes do Ministério Público do Trabalho - MPT, do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, da Escola OCRA, assessores jurídicos e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, além da fisioterapeuta da própria confederação, para uma platéia composta por lideranças sindicais, trabalhadores de base e alunos do curso de técnico em segurança do trabalho ministrado pelo SENAC, além de integrantes do judiciário trabalhista local, é certo que o tema proposto visava discutir fiscalização nas indústrias frigoríficas bovinas, nos mesmos moldes que tem sido feita nas indústrias avícolas, visando a aplicabilidade da NR 36.
foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse
Já no dia anterior, em um bate papo informal, que a fisioterapeuta Carine Benedete (CNTA), Rogério Fleischmann, Rúbia Canabarro e Ricardo Garcia (MPT), Mauro Muller (MTE) e lideranças sindicais tiveram com os trabalhadores do ramo da alimentação, ficou claro o quanto o chamado "chão da fábrica" está distante de uma realidade em que os bens produzido, neste caso o alimento industrializado, seja feito sem agredir a saúde e a integridade física e mental dos trabalhadores.
foto Marcos rosse

foto Marcos Rosse
foto Marcos Rosse
Dentro do seminário, a medida que as perguntas eram feitas, ao final de cada tema palestrado, tanto por alunos como pelos trabalhadores, ficava claro que iniciativas tomadas pelas entidades como o MPT, MTE, Sindicatos e CNTA, ao longo dos anos, convergiram pelos mesmos objetivos, ou seja, combater um sistema produtivo que, por descumprir normas, tem provocado o adoecimento, a mutilação e a morte de homens e mulheres que trabalham, sendo que na indústria frigorífica, esses números são alarmante.
foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse
Sem dúvidas que iniciativas como a elaboração da NR 36 e a criação da chamada "força tarefa" trás um novo momento ao mundo do trabalho, uma vez que instâncias técnicas, de fiscalização, legais e de representação, em parceria com o mundo acadêmico (UFRGS) somam esforços para mudar uma realidade que tem causado prejuízos incalculáveis a sociedade.
Por isso o coordenador político da CNTA, Darci Pires da Rocha, afirmou que esse seminário foi de uma importância muito acima das expectativas.
foto Marcos Rosse
-Em primeiro lugar, não poderíamos deixar de parabenizar a oportuna iniciativa das entidades sindicais de trabalhadores de Alegrete, Bagé, Pelotas e São Gabriel, nas pessoas do Marcos Rosse, Cabral, Lair e Gaspar e suas respectivas diretorias pela iniciativa da realização do seminário, com ênfase especial ao STIA Bagé pela organização impecável do evento, além de agradecer imensamente a Escola OCRA, na pessoa do Doutor Ruddy Facci, pela colaboração.
foto Marcos Rosse

foto Marcos Rosse
Sem dúvida que esse seminário excedeu, e muito, nossas expectativas mais otimistas, não tanto pela qualidade dos nossos palestrantes, porque essa nós conhecíamos, mas pela participação ativa dos trabalhadores e da comunidade de Bagé, pois as dúvidas e os questionamentos do público alvo e a interação com os palestrantes é sempre um grande aprendizado, mesmo após tantos anos no movimento sindical.

foto Marcos Rosse
Tenho certeza que todos nós, como o Rogério, o Ricardo e a Rúbia do Ministério Público do Trabalho, o Mauro do Ministério do Trabalho e Emprego, o Paulo Albuquerque, nosso parceiro em um trabalho que uniu esforços do mundo acadêmico com o mundo do trabalho, quando a URFGS e os sindicatos fizeram esse brilhante trabalho de pesquisa que foi fundamental para a elaboração da NR 36, a Carine, o Artur e nossas demais lideranças sindicais, saímos desse seminário com a certeza que esse esforço conjunto não só foi uma decisão acertada, como é importante que ela seja ampliada e, como diria o ex-governador Olívio Dutra, espraiada pelo Brasil e em todos os seguimentos produtivos, pois dessa união, desse trabalho conjunto, cujos resultados positivos começam a aparecer, e os relatos deixaram isso muito claro, é que começamos a vislumbrar a possibilidade de mudarmos efetivamente uma realidade que até hoje parecia imutável, que adoece, mutila e mata, ou que agride de alguma forma aqueles que trabalham. Disse Darci
-E queremos deixar claro que não se trata de "vilanizar" os empresários ou as empresas, mas de afirmar que o lucro gerado as custa da saúde ou da vida dos trabalhadores é inaceitável.
foto Zilmar dos Santos

foto Marcos Rosse
Esse seminário nos encheu de esperanças de que iniciativas como a do companheiro Artur Bueno e Camargo e sua diretoria, do MPT, do MTE, das entidades sindicais, em fim, de todos que agregam essa força tarefa, nos conduzam a um futuro que, ao ser pensado, pelo setor produtivo, uma redução de custos, que ela comece sempre pela redução de custos sociais, porque neste momento, trabalhadores, empresários e a sociedade como um todo terão muito a ganhar. Conclui Darci Rocha.
Por: Luiz Araújo