Em primeiro encontro
com Marfrig, empresa propõe retirada de conquistas dos trabalhadores
A
primeira reunião de negociação entre representantes dos sindicatos de
trabalhadores nas indústrias de alimentação de Alegrete, Bagé e São Gabriel com
representantes do Marfrig Group, com objetivo de discutir as cláusulas do
Acordo Coletivo de Trabalho para 2017 terminou de forma surpreendente. E
negativa para os trabalhadores. No encontro, realizado no último dia 8 na Sala
de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de
Alimentação e Afins – Sul (CNTA-Sul), em Porto Alegre, os representantes do
frigorífico alegaram problemas econômicos e a crise financeira para tentar
retirar conquistas históricas da categoria. Entre elas o transporte gratuito
aos trabalhadores, os 30 minutos para troca de uniforme e marcação do ponto e a
insalubridade, entre outros.
“Não
houve nenhum avanço. A proposta deles (Marfrig) é tirar nossas conquistas, na
mesma linha do presidente Temer e do Congresso Nacional, que agora deseja
retirar direitos históricos do trabalhador. São só péssimas notícias”, ressalta
o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral. “As empresas tem incentivos do
BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento Econômico) e do Agregar/RS, do governo
do Estado, e não pensam na contrapartida da empresa que seria a valorização do
trabalhador”, manifesta o líder sindical.
O
Marfrig ficou de encaminhar em sete dias uma proposta mais concreta sobre a
pauta de reivindicações encaminhada pelos sindicatos sobre a campanha salarial
2017. “Sequer levaram em conta as propostas que enviamos para eles no final de
dezembro tirada em aasembleia pelos trabalhadores”, frisa Cabral.
Caso não haja uma proposta que
contemple os trabalhadores, não está descartada a convocação de uma assembleia
na porta das fábricas industriais tanto em Bagé quanto em Hulha Negra. “Se nos
apresentarem algo que tente retirar os direitos dos trabalhadores, serão eles
que vão decidir sobre isso, eles é que poderão ver se querem ou não abrir mão,
não vai ficar apenas na mão do sindicato”, alerta o presidente do STIA/Bagé.
Emanuel Müller / Jornalista / MTE 9810
Assessor de Comunicação Social
(53) - 9972-5797
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