Mediação no TRT em Porto Alegre encaminha acordo
coletivo entre sindicatos e Marfrig Group
Em
audiência conciliatória realizada no último dia 25 no Tribunal Regional do
Trabalho da 4ª Região em Porto Alegre, os sindicatos de trabalhadores nas
indústrias de alimentação de Alegrete, Bagé, São Gabriel e Pelotas estão
próximos de fechar o acordo coletivo de trabalho com o Marfrig Group. O
desembargador João Pedro Silvestrin, vice-presidente do TRT e no exercício da
presidência da Seção de Dissídios Coletivos, em comum acordo com a
representante do Ministério Público do Trabalho, Beatriz de Holleben Junqueira
Fialho, mediou uma proposta de um reajuste linear de 10% para todos os
trabalhadores já descontado o índice de 2,5 % concedido no exercício anterior a
titulo de antecipação desta forma considerando que, INPC, do período foi de
11,31% significa um aumento real de 1,19 %, já cartão-alimentação (VA) foi
reajustado em 24 %, devido à defasagem em relação há outras plantas, alcançando
o valor de R$ 195,00 – principais itens que estavam emperrando as negociações. A
proposta está sendo discutida pelos sindicatos com os trabalhadores e, após
esta etapa, o Marfrig Group será informado da decisão da categoria.
Em
relação ao dia não trabalhado (31 de março), quando houve assembléia na porta
da fábrica da unidade em Bagé, ficou estabelecido que esse dia bem como os
reflexos do DSR, seja excepcionalmente compensado dentro do instituto da
cláusula dos minutos de preparo, evitando que os trabalhadores tenham qualquer
tipo de prejuízo no que se refere ao cartão-alimentação e ao domingo. Também
foi estabelecida a manutenção das demais cláusulas do Acordo Coletivo.
“No
momento econômico atual do país, embora saibamos que o setor da alimentação é
um dos poucos não atingidos pela crise, até o momento é um dos melhores índices
de reajuste salarial na nossa categoria no estado do Rio Grande do Sul”,
pondera o Diretor Executivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores da
Alimentação (CNTA), Sr Darci Pires da Rocha, vale lembrar que a pauta apresentada pelo Marfrig Group
continha uma proposta de reajuste salarial de 9,60% para o piso da categoria e
8,81% para os demais trabalhadores, além do valor do cartão-alimentação apenas
com a reposição da inflação – o que deixaria o valor abaixo de R$ 180,00.
O líder sindical revela outros pontos na pauta de
negociações original apresentada pela empresa. Havia itens que causariam
prejuízo aos trabalhadores. Como, por exemplo, o desconto de 3% a
título de vale-transporte sobre o salário nominal, compensação dos minutos de
preparo em qualquer dia da semana em caráter setorial (além de transferir o
saldo negativo para o próximo período) que hoje, ao final de três meses, o que
não foi compensado à empresa paga aos trabalhadores, além da redução do
percentual de pagamentos em dias já compensados (de 100% para 50%).
Emanuel
Müller/Jornalista/MTE 9810/Assessor
de Comunicação Social/(53) -
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